Para atender cidade vizinha, hospital quer R$ 600 mil por mês do Governo

O Hospital Regional Doutor Estácio Muniz, em Aquidauana, a 140 quilômetros de Campo Grande, foi alvo de denúncias ao Jornal Midiamax na manhã desta segunda-feira (13). Segundo os leitores, a direção estaria se negando a atender pacientes das cidades Miranda, Bodoquena, Anastácio, Nioaque e Dois Irmãos do Buriti. Segundo a secretária municipal de Saúde, Ana […]

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Foto: Reprodução Internet
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O Hospital Regional Doutor Estácio Muniz, em Aquidauana, a 140 quilômetros de Campo Grande, foi alvo de denúncias ao Jornal Midiamax na manhã desta segunda-feira (13). Segundo os leitores, a direção estaria se negando a atender pacientes das cidades Miranda, Bodoquena, Anastácio, Nioaque e Dois Irmãos do Buriti.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Ana Lúcia Alves Correia, o problema é que o Hospital tem recebido pacientes muito além do pactuado, e para que consiga atender todas as demandas precisaria de pelo menos R$ 600 mil a mais em repasses do Estado, pela tabela SUS (Sistema Único de Saúde), que atualmente é de R$ 1,011 milhão.

“Nós não estamos negando o atendimento, o que acontece é que a procura está muito além do pactuado, e o hospital está sobrecarregado na questão financeira mesmo. O que nós atendemos fora do contratualizado, nós não recebemos repasse. Isso inviabiliza o atendimento”, diz Ana Lúcia.

Ana Lúcia ressalta ainda que é preciso um fortalecimento da atenção básica dos municípios. “Nós recebemos muitos pacientes ambulatoriais, é preciso fortalecer a atenção básica nas unidades de saúde das cidades, para que esses atendimentos ocorram lá”, afirma.

De acordo com a secretaria, os números que mais excedem são de Anastácio, ‘cidade irmã’ de Aquidauana. Distantes pouco mais de um quilômetro uma da outra, Ana Lúcia diz que todo o atendimento obstetrício por exemplo do município vizinho é feito no Hospital Estácio Muniz.

“Só em janeiro nós atendemos bem mais do que o acordado. Anastácio por ser próximo tem a maior procura aqui. Obstetrícia é o maior ‘problema’, no acordo são duas pacientes e em janeiro atendemos 35. Todo parto é feito aqui, apesar da cidade lá ter o Hospital Maternidade, eles não têm o serviço de atendimento”, conta.

Além dos partos, outras especialidades tiveram o excesso de procura. Para clínica médica, o acordo prevê 1 atendimento, apenas em janeiro foram 23. Ortopedia, o pactualizado é de 2, o hospital atendeu 25 pacientes. Internações, são 265, em janeiro foram 364 a mais do contratualizado.

Ana Lúcia ainda diz que muitos pacientes procuram a unidade hospitalar por conta própria. “Nós já temos a regulação que manda bem mais pacientes do que o acordado, urgência e emergência de outros municípios nós não negamos atendimento. Mas tem os próprios pacientes ambulatoriais que vem direto ao hospital, estamos com sobrecarga e não recebemos repasse para isso”, ressalta.

A secretária informou ao Jornal Midiamax, que já está organizando uma reunião com a microrregião para adequar a questão dos atendimentos. “Estamos para marcar uma reunião, porque só dos cinco municípios vizinhos que atendemos é uma população de 127 mil pessoas a mais. Cito os números de Anastácio porque é a mais próxima, mas tem o excedente de outros municípios também”, conclui.

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A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
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