Após reportagem, Fiems diz que receberá impugnações à chapa de Longen até quinta-feira

Após o Jornal Midiamax divulgar que a Fimes (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) estava de portas fechadas nesta terça-feira (5), último dia do prazo segundo edital publicado para registrar na secretaria da entidade pedido de impugnação da chapa única, a do atual presidente Sérgio Longen, alvo da Operação Fantoche da Polícia Federal, a Federação afirmou que receberá os pedidos até a próxima quinta-feira (7).

Esta é a quarta vez que o investigado tenta a reeleição. No edital de divulgação de chapas publicado no DOE (Diário Oficial do Estado) da última sexta-feira (1º), Longen aparece mais uma vez como candidato à presidência da federação a qual ele preside há três mandatos consecutivos.

Com bens bloqueados pela Justiça Federal e o sigilo bancário quebrado, Longen foi alvo de buscas no último dia 19 de fevereiro, quando a PF deflagrou a operação que investiga suposto esquema de corrupção envolvendo grupo de empresas que firmaram convênios com o Sistema S, incluindo a Fiems.

Questionada pela reportagem, a assessoria primeiramente afirmou que o prazo “é o que foi publicado”. No entanto, após a publicação da matéria, esclareceu que a assessoria jurídica afirmou que receberá as impugnações a chapa de Longen até a próxima quinta-feira (7).

Sobre a Federação estar de portas fechadas, a assessoria disse apenas que ‘hoje é feriado’.

Batizada de MS+, a chapa única quer o comando da instituição até o ano de 2023. Ainda conforme a publicação, a eleição acontecerá em primeira e eventual segunda convocação se não houver impugnação.

Fantoche

Em Campo Grande, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão, sendo um deles na sede da Fiems e outro em um apartamento de luxo, antigo endereço de Longen. Foram cumpridos dez mandados de prisão, sendo sete em Pernambuco e outros três em Alagoas, Paraíba e Minas Gerais. Todos os alvos da operação já estão soltos.

Foram cumpridos 40 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, Pernambuco, São Paulo, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Alagoas, além de 10 mandados de prisão temporária. Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.

Os contratos eram, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

A ação teve o apoio do Tribunal de Contas da União e conta com 213 agentes federais e 8 auditores do TCU. (Matéria editada às 19h20 para acréscimo de informações).