‘Mensalinho’ em Ladário: Depois de vereador, prefeito e ex-secretário pedem liberdade

Um dia após o vereador André Franco Caffaro (PPS) pedir liberdade à Justiça, outros dois acusados de participação no ‘mensalinho’ de Ladário, distante 425 km de Campo Grande, pediram revogação de prisão. O suposto esquema foi revelado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organização) na semana passada e levou sete vereadores, […]

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(Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)
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‘Mensalinho’ em Ladário: Depois de vereador, prefeito e ex-secretário pedem liberdade
(Foto: Anderson Gallo/Diário Corumbaense)

Um dia após o vereador André Franco Caffaro (PPS) pedir liberdade à Justiça, outros dois acusados de participação no ‘mensalinho’ de Ladário, distante 425 km de Campo Grande, pediram revogação de prisão. O suposto esquema foi revelado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organização) na semana passada e levou sete vereadores, secretário e prefeito para cadeia.

Agora foi a vez do prefeito Carlos Aníbal Ruso Pedroso (PSDB), suspeito de pagar propina de R$ 3 mil e negociar cargos na Prefeitura em troca de apoio na Câmara Municipal, e do ex-secretário de Educação Helder Naulle Paes pedirem revogação de prisão e conversão da prisão preventiva em domiciliar.

Os três, além dos vereadores Vagner Gonçalves, Agnaldo dos Santos Silva Junior, Augusto de Campos, Paulo Rogério Feliciano Barbosa e Osvalmir Nunes da Silva, estão detidos no Centro de Triagem da Capital, mesmo local onde estão presos há seis meses o ex-secretário de Obras Edson Giroto e há quatro meses ex-governador André Puccinelli.

A defesa do prefeito Ruso Pedroso, 60, alega que ele é idoso, réu primário, possui residência fixa, família constituída, já está afastado de suas funções no Executivo e “nunca teve qualquer outro problema com o Poder Judiciário”, de modo que sua liberdade não representa risco à população.

Alega, ainda, que recentemente o tucano “foi internado às pressas em corumbá em razão de diverticulite aguda, apresentando fortes dores abdominais, sendo imprescindível a manipulação de medicamentos e controle rigoroso de dieta”, pede a conversão da prisão preventiva em domiciliar, citando complicações que levaram à morte do ex-presidente Tancredo Neves.

“Ademais conforme comprova todos os laudos acostados ao presente pedido, que o tratamento requer alimentação e cuidados específicos que dificilmente encontrará no sistema prisional brasileiro – expondo desse modo sua vida a uma situação de risco”.

Já a defesa de Helder Naulle Paes alega que ele não ocupa mais o cargo de secretário de Educação e não pode mais continuar praticando os supostos crimes. Sendo sua prisão desnecessária, pede a conversão da preventiva em prisão domiciliar.

“Ora se os fatos se deram no passado e a outra medida cautelar decretada impossibilita totalmente sua reiteração, não há mais como fundamentar a constrição da liberdade na contemporaneidade exigida como meio eficaz de cessarin tese a continuidade delitiva dos supostos atos de corrupção”.

‘Mensalinho’

Um esquema que seria orquestrado pelo prefeito Carlos Anibal Ruso Pedroso, que pagava R$ 3 mil mensais aos sete vereadores de Ladário, cidade distante 435 quilômetros de Campo Grande e com pouco mais de 22 mil habitantes, teria levado os parlamentares para a cadeia nesta segunda-feira (26).

Esta é a denúncia protocolada em março no MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), feita pelo presidente da Câmara da cidade, Fábio Peixoto de Araújo Gomes.

O valor era repassado pelo prefeito desde março para manter uma base de apoio na Casa. O salário de um vereador do município é de cerca de R$ 6 mil, segundo o presidente. A Câmara tem 11 vereadores. Sete deles foram presos e afastados do cargo. “Eu denunciei com a contribuição do Jonil e do vereador Daniel. Além deles, o Eurípedes também não foi preso”, disse o presidente em entrevista ao Jornal Midiamax.

Foram presos nesta segunda os vereadores Vagner Gonçalves, Agnaldo dos Santos Silva Junior, André Franco Caffaro, Augusto de Campos, Lilia Maria Cillalva de Moraes, Paulo Rogério Feliciano Barbosa e Osvalmir Nunes da Silva, além do secretário de Educação Helder Paes Botelho e o prefeito.

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A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
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