Master Case foi a segunda colocada no certame, mas levou pregão

Após uma série de denúncias de irregularidades e até tentativa de impugnação do certame, o Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) tornou público o resultado do pregão milionário para contratação de empresa que fará a guarda de dados de veículos alienados.

O valor inicial da licitação era de R$ 17 milhões, o que levantou suspeitas de direcionamento entre empresário do ramo e gerou críticas do (Sindicato dos Servidores do Detran), que alegou que o mesmo serviço poderia ser desempenhado por servidores efetivos a custo imensamente menor.Empresa leva por R$ 6 milhões licitação de R$ 17 milhões aberta pelo Detran-MS

Nesta segunda-feira (31), o Detran homologou o resultado do pregão para ‘contratação de empresa especializada para a prestação de serviços de implantação, manutenção e operacionalização de sistema computacional integrado ao sistema do Detran/MS, para guarda e recuperação de contratos de financiamento de veículos com cláusula de alienação fiduciária, arrendamento mercantil, reserva de domínio ou penhor, com serviços de conferência de contratos, provendo interoperabilidade e operação segura'.

A vencedora da licitação foi a Master Case Digita Business Ltda, que apresentou um valor mensal de R$ 503 mil, o que representa um gasto anual com o serviço de pouco mais de R$ 6 milhões.

Serviço

Apesar do valor, considerado alto pelo sindicato que representa os servidores do órgão, ele é menor que os R$ 7,4 milhões gastos pelo Detran com a Pirâmide Central Informática, contratada emergencialmente para desempenhar o serviço por 180 dias, o que representou repasses mensais de mais de R$ 1,2 milhões.

O serviço de guarda de dados de veículos alienados era executado por um consórcio que tinha a Itel Informática como participante, e recebia cerca de R$ 1 milhão mensais. O contrato foi rompido em maio de 2016, e no mesmo ano a Pirâmide ‘herdou' o serviço. No começo de 2017 o Detran abriu a licitação que pretendia pagar R$ 1,4 milhão mensal à vencedora do certame.

O pregão chegou a ser suspenso por determinação da Justiça depois que uma das participantes desclassificadas recorreu da decisão