Pular para o conteúdo
Transparência

Dois auditores da Sefaz são investigados por suposta cobrança de propina

Operação do Gaeco prendeu 4, e levou seis a delegacia
Arquivo -
Compartilhar

Operação do prendeu 4, e levou seis a delegacia

Dois auditores fiscais de Mato Grosso do Sul, empregados na Sefaz (Secretaria Estadual de Fazenda), integram a relação dos dez envolvidos num esquema de cobrança de propina para aliviar somas de impostos não pagos por empresários. O salário do auditor fiscal da Sefaz varia de R$ 23 mil a R$ 51 mil. 

A trama foi desmantelada na manhã desta segunda-feira (13), na região do Bolsão – , , Chapadão do Sul e Aparecida do Taboado. A operação foi conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), braço do Ministério Público Estadual.

Durante a operação, os investigadores cumpriram mandados de buscas em residências, escritórios de contabilidade e Agências Fazendárias do Estado de MS, incluindo a sede da Secretaria de Estado de Receita e Controle da cidade Paranaíba.

Ao todo o Gaeco cumpriu 16 mandatos, dos quais quatro de prisão temporária e seis de condução coercitiva, entre os quais dos dois auditores.

Por imposição do sigilo judicial, nomes dos envolvidos, empresas e cifras fraudadas foram divulgados até esta tarde.

O jornal Midiamax, apurou, contudo, que um dos auditores fiscais, levado para a delegacia para prestar depoimento, é de Cassilândia. Já em Aparecida do Taboado, o Gaeco cumpriu mandados em escritórios de contabilidade. Lá, segundo fontes, não houve prisão e os investigadores usaram um veículo descaracterizado.

Já em Paranaíba, os investigadores teriam prendido o dono de um escritório de contabilidade.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, é dito que os investigadores do caso apuraram a prática dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e concussão (quando o servidor público exige dinheiro ou vantagem indevida em razão de sua função), envolvendo contadores, auditores da receita e agenciadores que realizavam o esquema.

Segundo a denúncia do MPE, os agenciadores buscavam por empresários da região do Bolsão que pudessem ter dívidas com o Fisco Estadual, dizendo que poderiam reduzir ou conseguir o perdão das dívidas.

Para isto, os agenciadores ofereciam vantagens ilícitas para os funcionários públicos da Receita Estadual. Ainda segundo as investigações, os escritórios de contabilidade atuavam como facilitadores do esquema, entre os empresários e os servidores públicos.

O alvo dos mandados de busca e apreensão, afirma o Tribunal de Justiça, cumpridos nas repartições públicas, foram apenas os relacionados aos supostos crimes praticados. Todas as informações não relacionadas com a operação “Bolsão” tiveram seus dados preservados, em razão do sigilo das informações.

O governo do estado, segundo sua assessoria de imprensa, preparava uma nota para noticiar que atitude tomaria. Inicialmente, deve aguardar mais informações sobre a investigação e adiantou que deve ser instaurada uma sindicância para também apurar o caso.

(Matéria editada às 10h30, de 14/02, para correção de informação)

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados