Cada preso da Capital chega a custar R$ 309 mensais com água e esgoto

Acordo quer reduzir 40% do custo

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Acordo quer reduzir 40% do custo

Cada cidadão encarcerado nos presídios da Capital pode custar até R$ 309 por mês com os serviços de água e esgoto. Um extrato de contrato publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (24), firmado pelo governo estadual, por meio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) com a Águas Guariroba S/A revela um valor anual de R$ 24 milhões.

O valor empenhado para o serviço é de até R$ 2 milhões por mês. Para cada um dos 6.472 detentos em Campo Grande, esse gasto chega a representar R$ 309 mensais. De acordo com o diretor da Agepen, Ailton Stropa Garcia, o valor é estimado, sendo pago ao final do mês apenas o valor real de consumo.

O valor estimado foi calculado a partir dos gastos com os serviços efetivados durante o mês de maio deste ano, que chegaram a R$ 1,96 milhões.

O diretor ainda afirmou que recentes vazamentos em unidades presidiárias da Capital, como no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e na Unidade de Segurança Máxima, além da chegada de cerca de 600 novos detentos em Campo Grande, também impactaram nos cálculos das estimativas de gastos.

Redução de Gastos

Desde outubro de 2015, o diretor da Agepen e os dirigentes da Águas Guariroba vêm se re reunindo para traçar metas de redução de consumo de água nos presídios. Segundo Ailton, essas reduções porém englobam aumentos na tarifa de água, que impedem a geração de mais economia nos gastos das unidades penitenciárias. As metas são de reduzir o consumo das unidades da Capital em até 40%.

Se essa redução for efetivada, o valor gasto por detento para serviços de fornecimento de água e tratamento de esgoto chegaria a corresponder a R$ 185,41 mensais, gerando uma economia de cerca de R$ 9,6 milhões ao Estado. Os acordos preveem medidas educativas e culturais para conscientizar os custodiados da necessidade de diminuir o consumo.

Em última reunião no dia 12 de junho, a empresa Águas Guariroba se responsabilizou por disponibilizar dois funcionários para monitorarem o serviço de abastecimento de quatro dos seis presídios da Capital, visando apontar defeitos e vazamentos. O prazo do contrato divulgado hoje é de doze meses, com validade a partir de maio deste ano até maio de 2017.

(Sob supervisão de Ludyney Moura)

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