Apesar de denúncias, diretor do Detran-MS insiste que vistoria garante frota regular

Gerson Claro defende manutenção da vistoria

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Gerson Claro defende manutenção da vistoria

O diretor-presidente do Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul) Gerson Claro Dino defendeu novamente nesta quinta-feira (23) a manutenção da vistoria veicular para o licenciamento do veículo, por “diminuir acidentes e manter uma frota regular”.

Para o diretor do órgão, a ação popular que seria julgada nesta quarta pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) foi adiada porque existia a possibilidade do Contran ‘resolver a questão’ imediatamente.

Na semana passada, o promotor de Justiça Fernando Zaupa, da 29ª Promotoria do Patrimônio Público, recomendou ao Detran e ao Estado a suspensão da taxa de vistoria. Uma resposta deve ser encaminha ao promotor em até 15 dias.

“Penso que devemos ter uma posição imediata, porque é ruim até pra gente essa situação o que queremos é diminuir acidentes e ter uma frota regular. Nós estamos nesta linha e se conseguirmos nos próximos dias ter uma resposta, vamos nos posicionar com relação ao isso. Por enquanto, as vistorias seguem normalmente, no Detran e nas credenciadas”.

A explicação, entretanto, não justifica o que acontece na prática. De acordo com denúncias acompanhadas pelo Jornal Midiamax, itens de segurança obrigatórios dos veículos sequer são olhados nas vistorias.

Em vídeo, a equipe de reportagem flagrou um veículo que teve freio isolado e um amortecer removido antes da análise da empresa credenciada para o serviço pelo Detran. O mesmo foi aprovado.

No teste, um contribuinte foi convidado a inspecionar o mesmo automóvel nas sete vistoriadoras credenciadas pelo Detran-MS em Campo Grande, e no próprio órgão estadual. A ideia era verificar a qualidade da vistoria que aumentou o custo anual dos motoristas para, supostamente, ‘tirar os carros inseguros das ruas’. O resultado foi vergonhoso.

Os vídeos mostram cenas deploráveis, como um vistoriador usando um toco de madeira para tentar medir a altura de um pneu da caminhonete. O próprio condutor ofereceu uma trena para o servidor concluir a ‘medição’.

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A publicação foi feita no Diário Oficial da ASSOMASUL (Foto: Divulgação)
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