R$ 100 milhões da Enersul podem ter sido ‘dragados’ para empresas quebradas
Transações foram descobertas depois de auditoria nas contas
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Transações foram descobertas depois de auditoria nas contas
A divulgação dos 38 nomes de pessoas físicas e jurídicas que estão sendo investigadas pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul/Energisa, expôs uma prática que pode ser considerada ilegal, a transferência de dinheiro de uma empresa à beira da falência para seus controladores.
Os maiores pagamentos feitos pela Enersul, enquanto ainda era gerida pelo Grupo Rede, foram a pessoas jurídicas que compradas pela atual gestora da concessionária, a Energisa.
Entre 2010 e 2012, a Celtins, antiga Companhia Elétrica do Tocantins, recebeu R$ 24.385.389,17 milhões da Enersul, por meio de transferências do Bic-Banco, uma das instituições financeiras também investigadas pela CPI.
No mesmo período, a Enersul transferiu para a Rede Energia S.A, que em abril de 2014 passou a ser controlado pela Energisa, outros R$ 61.855.077,47 milhões. A transferência foi feita pelo banco Daycoval para o pagamento de ‘dividendos’ ao destinatário do dinheiro.
Outra empresa de energia, a Rede Power Brasil S.A. recebeu outros R$ 13.345.344,76 milhões, também por transferência do Bic-Banco. O total transferido da Enersul apenas para estas outras três concessionárias beira R$ 100 milhões.
“Isso é algo suspeito, e por conta dessa suspeição decidimos pela investigação. Essa era uma das manobras que o Grupo Rede utilizava para tirar dinheiro da Enersul e transferir para outras empresas”, afirma o relator da CPI, deputado Beto Pereira (PDT).
O Grupo Rede, que iniciou seu processo de recuperação judicial em 2011, tinha problemas financeiros e apresentava um deficit nas contas em praticamente todas as empresas, à exceção da Enersul, que à época ainda uma ‘folga’ em seu balanço anual.
Paralelo
No começo dos anos 2000, a gigante norte-americana Enron, até então a 7ª maior companhia dos Estados Unidos, faliu e levou junto centenas de investidores. A empresa, do setor elétrico, maquiava os balancetes, enxugava os prejuízos e inflavam os lucros. O rombo era de aproximadamente US$ 1,5 bilhão e uma dívida superior a US$ 13 bilhões.
No caso do Grupo Rede, adquirido pela Energisa, a dívida estimada da empresa era superior a R$ 5 bilhões. Assim como a norte-americana, os desmandos só foram possíveis por uma falha na fiscalização da agência reguladora.
“Era da alçada da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que como reguladora do sistema tinha que acompanhar não só o desempenho econômico-financeiro da Enersul, mas de todo o grupo e de todas as concessionárias que o grupo mantinha o controle. Acho que a Aneel não tem como não vir até a CPI para esclarecer algumas questões que estão sendo levantadas”, finalizou Beto Pereira.
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