Obra já custou em torno de R$ 240 milhões aos cofres públicos

O governo de Mato Grosso do Sul gastará mais R$ 990 mil com o Aquário do Pantanal, mesmo com a obra paralisada. Pelo menos é o que indica aditivo, publicado nesta sexta-feira (13) no Diário Oficial do Estado, a contrato firmado entre a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) e o arquiteto Ruy Ohtake, que assina o projeto onde já foram gastos duas vezes acima do previsto inicialmente.

Segundo o extrato, foi acrescido o valor de R$ 990 mil ao contrato número 0039, de “execução dos serviços de assistência técnico-científica à construção do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira – Aquário do Pantanal”. Ele foi firmado em abril do ano passado, ao valor de R$ 2,7 milhões e com validade de 240 dias, ou seja, oito meses.

Em dezembro de 2014, o então secretário de Obras, Edson Giroto, assinou renovação do contrato por mais seis meses. Na ocasião, foi aumentado o valor do acordo em R$ 686 mil.

Arquiteto ganha mais R$ 990 mil pelo Aquário, mesmo com obra paradaJá em julho deste ano, com a Agesul sob gestão do atual governo, foi prorrogado o contrato por mais 199 dias. Ou seja, o acordo deve vencer em meados de janeiro próximo.

Ruy Ohtake, 77 anos, é considerado um dos nomes mais importantes da arquitetura brasileira. Além do projeto do Aquário do Pantanal, ele tem mais de 300 obras, muitas consideradas renomadas no Brasil e no exterior – é dele, por exemplo, projeto de modernização do Estádio do Morumbi, em São Paulo, que acabou barrado antes da Copa do Mundo de 2014.

O Aquário do Pantanal, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, por sua vez, já é considerado elefante branco em Mato Grosso do Sul. Orçado em R$ 84 milhões quando lançado, em 2010, o custo já passa dos R$ 240 milhões e, recentemente, o governo estadual anunciou que irá paralisá-la na próxima segunda-feira (16).