Muitos prefeitos em MS já disseram sonoro não para suposta carta de desagravo que seria usada contra correligionário. As ameaças ficaram velhas e viraram piada em gabinetes e até em diretório político de Mato Grosso do Sul.
A falta de noção de capitão-do-mato que insiste em briga imaginária por poder já irrita até aliados do sujeito.
Além disso, a suposta disputa só existiria na cabeça dele, já que quem manda de fato e de direito deixou explícita a hierarquia a ser seguida. No entanto, o capitão-do-mato segue semeando discórdia e esperneando.
Assim, alega que seria o magnânimo arquiteto político por trás de êxito eleitoral, quando na verdade angariou apoio na base da paulada. Agora, prefeitos dão o troco e mostram que ‘rei morto, rei posto‘.
Desta forma, prefeitos que já teriam sido procurados por interlocutores do capitão-do-mato, reclamam do constrangimento para assinar suposta ‘carta de desagravo' contra correligionário.
Prefeitos em MS sobre carta de ‘desagravo': “ideia sem pé nem cabeça”
“Uma ideia sem pé nem cabeça. Como que um dirigente partidário me procura para assinar uma carta contra um desafeto dele que está mandando e desmandando?”, comenta mandatário que, apesar de estar no mesmo ninho, já se bica com o brigão.
Aliás, prefeitos em MS ligados ao grupo político já não escondem o descontentamento com a situação.
“Esse pessoal está começando a dar problema. A eleição já acabou, a transição já acabou. Agora é hora de cada um aceitar seu novo papel no novo cenário. Essa disputa só existe na cabeça dele e já tá chato isso aí”, recrimina outro correligionário.
Além disso, ele diz que também foi sondado sobre a tal carta, mas não soube se a empreitada prosperou com outros prefeitos em MS.
“Eu não vou me meter. Acho que os dois principais envolvidos estão bem resolvidos. Um é ex, outro é o atual. É até deselegante com todo mundo esse lengalenga. E quem vai sofrer? Escreve aí: a legenda!”, pondera o político.
De olho nas eleições de 2024, prefeitos em MS condenam postura
Assim, aumenta a fila dos correligionários que já defendem até a diminuição de espaço no diretório para que sujeito entenda de fato seu espaço e papel em nova fase da legenda.
“Eu acho que tem muito esforço de um dos lados para evitar os atritos, manter as aparências. Mas este sujeito não funciona assim. Só vai entender na hora que já tiver exposto todo mundo, atrapalhado todos”, avisa membro do diretório onde a ameaça da tal carta de desagravo também virou piada.
Por fim, os colegas se dizem cansados de serem usados como ‘ativo político'.
“Tem eleição daqui um ano, e o cara quer que os prefeitos se exponham pela birrinha pessoal dele? A gente mora no interior, mas não é idiota. Esse cara trata a gente como besta já faz tempo”, desabafa outro prefeito.
Cartas misteriosas já foram escândalo em MS com outras brigas internas
“Nem fui procurado para assinar porque já deixei clara minha posição. Se ele tem bronca antiga com o cara, mas pensa na legenda, tem que engolir o fato de que agora não está mais no polo do poder. Esse negócio de cartinha pra lá e pra cá não acho coisa de gente séria não”, ensina.
Não é a primeira vez que ameaças e presepadas envolvendo cartas misteriosas acabaram expondo rachas internos em Mato Grosso do Sul.
Em outro episódio, o então chefe do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), procurador de justiça Paulo Cezar dos Passos, acabou tendo que demitir a chefe de gabinete dele no MPMS, que sobrou como única implicada no envio de uma ‘carta anônima' para um desembargador.
No caso, a tal carta fazia parte de péssima trama para supostamente prejudicar o promotor de Justiça Marcos Alex Vera.
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