Justiça exige R$ 12 mil para liberar rapaz que atropelou 2 em Congonhas

A Justiça concedeu neste domingo liberdade provisória a Wagner Gomes Alvarenga, 23 anos, motorista que atropelou duas mulheres e matou uma delas na manhã de ontem, na área de desembarque de passageiros do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. A liberação de Alvarenga, no entanto, está condicionada ao pagamento de uma fiança […]

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A Justiça concedeu neste domingo liberdade provisória a Wagner Gomes Alvarenga, 23 anos, motorista que atropelou duas mulheres e matou uma delas na manhã de ontem, na área de desembarque de passageiros do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. A liberação de Alvarenga, no entanto, está condicionada ao pagamento de uma fiança de R$ 12,4 mil, de acordo com o advogado de defesa, Hednilson Fitipaldi. Desde ontem, o rapaz está preso na carceragem do 2º DP (Bom Retiro).

No pedido, protocolado na manhã deste domingo no Fórum da Fazenda Pública, no Centro, o advogado argumentou que Alvarenga “nunca se envolveu em acidente de trânsito, não tem passagem anterior pela polícia e, segundo a família, não possui pontos na carteira”. Como a decisão saiu perto do horário de fechamento do Fórum, não foi possível fazer o pagamento hoje, disse Fitipaldi.

Segundo ele, a família se mobilizava para angariar os recursos junto a familiares e pagar o valor já na abertura do banco do Fórum, às 10h de segunda-feira. A pressa se justifica: a qualquer momento a partir de amanhã, Alvarenga pode ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros.

O atropelamento ocorreu pouco antes das 6h do sábado. Alvarenga contou à polícia ter participado, na noite de sexta-feira, de uma festa de fim de ano da empresa na zona oeste, onde “bebeu um pouco”. Na volta para casa, ao fazer um retorno, passou pelo aeroporto, perdeu a consciência, o controle do carro e subiu na calçada, causando o acidente.

O exame do bafômetro de Alvarenga mostrou uma concentração de 0,28 miligramas de álcool por litro de ar expelido (mg/l), índice pouco abaixo do limite para imputar a ele uma sanção criminal (0,3 mg/l), mas que ainda o impedia legalmente de dirigir. Além de pagar multa e receber penalidades administrativas, ele responderá por homicídio doloso – quando há intenção de matar – e por tentativa de homicídio.

No acidente, morreu Clarice da Costa, 56 anos, mãe de Camila Turolla, 27 anos, que foi internada em estado grave no Hospital Saboya, no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo. Segundo a assessoria do hospital, Camila chegou com muitos cortes pelo corpo e uma pequena fratura em uma das pernas, mas na noite de sábado já estava lúcida e consciente, embora em estado de choque. O enterro de Clarice ocorreu na manhã deste domingo em Piracicaba, no interior paulista, de onde era a família.

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