Justiça decide soltar Dadá, apontado como ‘espião’ a serviço de Cachoeira

A terceira turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) concedeu nesta segunda-feira um habeas corpus que determina a soltura de Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, ex-sargento da Aeronáutica preso durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal e apontado como uma espécie de “espião” que fazia grampos ilegais a serviço do grupo […]

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A terceira turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) concedeu nesta segunda-feira um habeas corpus que determina a soltura de Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, ex-sargento da Aeronáutica preso durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal e apontado como uma espécie de “espião” que fazia grampos ilegais a serviço do grupo comandado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Segundo a assessoria de imprensa do TRF-1, entretanto, o habeas corpus foi concedido “com restrições”. Uma delas é de que Dadá não poderá ser solto caso exista contra ele algum outro processo com pedido de prisão em vigor. Além disso, ele terá de comparecer a todos os atos do processo e não poderá sair de Brasília sem autorização judicial.

Fora da prisão, o ex-sargento da Aeronáutica não poderá manter contato com os outros denunciados envolvidos na Operação Monte Carlo. Se Ministério Público ou a própria Polícia Federal comprovarem que Dadá voltou a fazer contato com outros integrantes da organização criminosa, ele poderá voltar para a cadeia.

O suposto “araponga” de Cachoeira também é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal, na Operação Saint-Mitchel.

Na última semana, o relator do processo, desembargador Tourinho Neto, havia votado a favor da soltura de Dadá, mas a decisão final do TRF-1 foi adiada por conta de um pedido de vista de outro desembargador, Cândido Ribeiro. Na votação desta segunda, Ribeiro acompanhou o voto do relator.

Idalberto Matias de Araújo está detido na Penitenciária da Papuda, em Brasília. A decisão do TRF-1 deve ser encaminhada à Papuda e cumprida imediatamente.

Em depoimento à CPI do Cachoeira, que investiga as relações do contraventor com autoridades, políticos e empresários, na última semana, Dadá permaneceu em silêncio e não respondeu aos questionamentos dos parlamentares .

 

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