Mulher do prefeito de Dourados, Ari Artuzi, afastado judicialmente, está detida desde o dia 1º de setembro passado; ela foi flagrada recebendo dinheiro da quadrilha que fraudava licitações

A 1ª Turma Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiu no início da tarde desta quinta-feira, por unanimidade, manter presa a ex-primeira dama de Dourados, Maria Artuzi, mulher do prefeito afastado Ari Artuzi, também detido por participação numa quadrilha que fraudava licitações públicas.

Ela foi detida no dia 1º de setembro passado durante a Uragano, operação da Polícia Federal que pôs na cadeia o prefeito, o vice e 9 dos 12 vereadores da cidade. De acordo com a PF, a quadrilha arrecadava dinheiro por meio das fraudes. Maria Artuzi aparece numa gravação de vídeo contando dinheiro que havia recebido da trama.

O desembargador Dorival Moreira dos Santos, relator do processo, também recorreu ao argumento imposto ontem para negar a liberdade do prefeito. Para o magistrado, soltar Maria Artuzi poderia motivar uma “instabilidade social” no município.

Ainda hoje o TJ-MS deve julgar o recurso que pede liberdade ao vice-prefeito Carlinhos Cantor, do PR e mais quatro vereadores de Dourados.

Maria está detida em Dourados e o marido dela numa delegacia, em Campo Grande. Ari Artuzi foi internado ontem à noite após sentir dores abdominais.