“É um ato de uma peça teatral”, considera o deputado federal Luiz Ovando (PP) sobre a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente é acusado de participar de trama para dar golpe de Estado no Brasil.
Para Ovando, o primeiro ato “foi a liberação do Lula, em que o advogado que poderia entrar, inclusive com solicitação de infringência, de reconsideração, não fez”. Enquanto o segundo seria o 8 de Janeiro. “Se tentou estabelecer um golpe sem armas, sem lideranças, sem canhões nas ruas”, afirmou.
Neste sentido, considerou que “o terceiro é agora, dizendo que Bolsonaro tentou simplesmente dar um golpe de Estado. O que na minha concepção não é verdadeiro”, pontuou ao Midiamax.
O parlamentar por Mato Grosso do Sul destacou que “levantaram um questionamento e esqueceram que no 8 de Janeiro, o G. Dias, que era o responsável pela segurança institucional do espaço, foi abrir e dar água inclusive para todos aqueles que adentravam o palácio”.
Por isso, o deputado federal pede apuração com seriedade. “Temos que apurar com seriedade, serenidade e celeridade, porque verdadeiramente nós teremos o resgate daquilo que se fez, que foi jogar na lata de lixo todo o ordenamento jurídico. Quero crer que essa denúncia seja verdadeiramente séria e se possa apurar os fatos”, finalizou.
Também deputados federais, outros colegas da bancada federal comentaram sobre a denúncia. Vander Loubet (PT) disse que a denúncia é “robusta” e “aprofundada”, enquanto Marcos Pollon (PL), aliado de Bolsonaro, afirma que as acusações são “fantasiosas” e envergonham as instituições brasileiras.
Geraldo Resende (PSDB) diz que as acusações “era uma questão de tempo”. Já Rodolfo Nogueira (PL) disse que a denúncia é ‘jogo político’.
Bolsonaro se defende
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) com ele por tentativa de golpe de Estado em 2022 é precária e incoerente.
Conforme divulgado pelo Portal Uol, a defesa de Bolsonaro afirma que recebeu a denúncia com indignação pela ‘suposta’ participação na trama golpista. “O presidente jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.
Ainda conforme a defesa, não há nenhum elemento que ligasse Bolsonaro à denúncia. “A despeito dos quase dois anos de investigações, período em que foi alvo de exaustivas diligências investigatórias, amplamente suportadas por medidas cautelares de cunho invasivo, contemplando, inclusive, a custódia preventiva de apoiadores próximos, nenhum elemento que conectasse minimamente o Presidente à narrativa construída na denúncia, foi encontrado”.
A defesa ainda afirmou que não há qualquer mensagem de Bolsonaro que embase a denúncia. ‘Apesar de uma verdadeira devassa feita em seus telefones pessoais’, menciona.
