Com um aparato policial reforçado por agentes da Polícia Federal, Militar e policiais penais federais, o deputado federal Chiquinho Brazão chegou a Campo Grande, nesta quarta-feira (27), para ser encaminhado para o Presídio Federal.

Cerca de 15 policiais fazem a escolta do deputado até o Presídio Federal. Ele foi preso no último domingo (24), em uma operação da Polícia Federal, no caso Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, assassinada com o motorista Anderson Gomes em 2018. O irmão de Chiquinho foi transferido para Porto Velho.

O delegado Rivaldo Barbosa, suspeito de participar do crime, ficará encarcerado em Brasília. Chiquinho e o irmão são apontados na investigação como mandantes na morte de Marielle. Já Rivaldo Barbosa teria protegido os suspeitos.

Além dos homicídios, o trio também responde pela tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Auxiliam na operação a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Essa operação tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.

Votação do pedido de prisão de Chiquinho foi adiada

Presidida pela deputada Caroline de Toni (PL/SC) nesta terça-feira (26), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara adiou a votação sobre a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ). Pedido de vista feito no começo da sessão adiou a discussão e votação sobre a prisão do parlamentar. Brazão é suspeito de ser um dos mandantes da morte da vereadora do Rio de Janeiro (RJ), Marielle Franco.

O deputado Darci de Matos (PSD/SC) foi relator do processo. Segundo ele, há “fortes indícios de autoria dos crimes” que Brazão é suspeito. “Resta claramente configurado o estado de flagrância do crime apontado. Adianto que considero correta a decisão do ministro Alexandre de Moraes”, disse na manifestação do voto.