Ao fazer uso da palavra na posse do novo presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Márcio Pochmann, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, aproveitou o momento para falar sobre as investigações contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

“Podemos dizer que o cerco fechou contra o ex-presidente da república, ali está claro, está apontando como autor, como mandante de tentativa de fraude às urnas eletrônicas, como tentativa de fraude à decisão sempre legítima do povo brasileiro, escolher seu sucessor”, afirmou.

Simone continuou dizendo que Bolsonaro atentou contra a democracia brasileira e pediu a apreensão do passaporte do ex-mandatário. “Então se me permitir esse desabafo, eu faço citando Ulysses Guimarães, que diz que: traidor da Constituição, é traidor da pátria, temos ódio, nojo da ditadura. E aí digo eu que a eles o rigor da lei, e não se enganem, que busquem o mais rápido, aprender o seu passaporte, porque quem fugiu para não passar a faixa para um presidente que foi legitimamente eleito pelo povo, com certeza abandonará o Brasil para poder salvar a própria pele”, argumentou.

Fraude nas urnas

 Nesta quinta-feira (17), o hacker Walter Delgatti Neto, disse à CPI dos Atos Golpistas do Congresso Nacional, que se reuniu com Bolsonaro no ano passado. Na ocasião, o então presidente lhe prometeu indulto caso ele fosse preso por eventual ação contra as urnas. No entanto, a declaração foi negada pela defesa de Delgatti.

O hacker disse ainda que Bolsonaro lhe orientou a ir ao Ministério da Defesa explicar aos técnicos como seria possível uma eventual fraude nas urnas.

Investigações das joias

Após a operação da última sexta-feira (11), que mirou malabarismo de desvio e venda no exterior dos bens dados de presente à Presidência da República em missões oficiais, o ministro Alexandre de Moraes, do TSF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle. A Polícia Federal aponta que o dinheiro da venda das joias, eram repassados a Bolsonaro em espécie para evitar rastreio.

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