A senadora Soraya Thronicke (PODE) afirmou ser contra o impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso. O ministro recebeu criticas e pedido de investigação após afirmar que ‘derrotou o bolsonarismo’.

Por meio de assessoria, a parlamentar de Mato Grosso do Sul disse que “é contra o impeachment”. Segundo apuração do Jornal Midiamax, nenhum dos três senadores de MS assinaram o pedido, protocolado nesta quarta-feira (19).

Contudo, o documento de autoria do senador Jorge Seif (PL-SC) e do deputado Carlos Jordy (PL-RJ) foi assinado por três deputados federais do Estado. Luiz Ovando (PP), Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL) foram favoráveis ao pedido.

O pedido sustenta que Barroso cometeu um crime de responsabilidade previsto pela Lei 1079/1950, ao praticar atividade político-partidária. Por isso, os parlamentares entendem que o ministro deve ser impedido da sua função mediante processo a ser aberto pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Barroso afirma que derrubou bolsonarismo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, provocou reações de diversos políticos e eleitores após afirmar que o Brasil derrotou o ‘bolsonarismo’. A fala ocorreu durante discurso no 59° Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), realizado em Brasília no último dia 12.

Na ocasião, o ministro era alvo de protesto realizado por estudantes contra seu posicionamento no julgamento do piso da enfermagem no país. A decisão sobre o piso ocorreu no mês passado.

Os manifestantes, ligados a movimentos estudantis, seguravam cartazes escritos: “Barroso: inimigo da enfermagem e articulador do golpe de 2016”, se referindo ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Para rebater os protestos, Barroso disse que “aqueles que gritam, que não colocam argumentos na mesa, isso é o bolsonarismo”. O ministro ainda afirmou que lutou “contra a ditadura e contra o bolsonarismo”.

“Nós derrotamos a censura, nós derrubamos a tortura, nós derrubamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, completou.