Durante a sessão plenária da Legislativa, o deputado (Patriota), defendeu a gestão da esposa, Adriane Lopes (Patriota), prefeita de , diante da falta de medicação na rede pública de Saúde. A falta de medicamentos também estaria sendo um problema na Santa Casa, onde repasse ‘represado' no valor de R$ 14 milhões da Prefeitura estaria prejudicando os estoques.

Em votação de projetos de Lei sobre calamidade pública em municípios do interior, o deputado aproveitou para falar da situação enfrentada na Capital a respeito dos medicamentos. Segundo Lídio, o problema seria a falta de interesse nas licitações do Município para comprar os remédios.

“Hoje, Campo Grande está com uma falta de medicamentos na rede pública. São 107 tipos de medicamentos que, infelizmente, com seis licitações abertas, todos deram desertas”, disse o parlamentar.

Ainda segundo o deputado, no Brasil os laboratórios não estão comportando a demanda de medicamentos, o que estaria ocasionando o problema. “Não existe medicamento no Brasil. Os laboratórios não estão dando conta de fabricar e daqui a pouco está morrendo gente por falta de medicamentos. É um erro do Executivo? Não. É um erro de não ter medicamento para comprar, de não estarem trazendo para [o Município] poder comprar”.

R$ 14 milhões de repasses ‘represados'

Santa Casa tem cerca de R$ 14 milhões em repasses ‘represados' pela prefeitura de Campo Grande desde o início do ano. O atraso para repassar a verba pode implicar o maior de Mato Grosso do Sul e comprometer o fornecimento de insumos essenciais, como medicamentos e suprimentos, órteses e próteses.

Mensalmente, o maior hospital do Estado recebe R$ 5 milhões do Governo do Estado, porém o montante é repassado pelo município. Devido a um atraso na publicação de aditivo, por parte da prefeitura de Campo Grande, a Santa Casa aguarda o pagamento de R$ 7 milhões desde janeiro, como mostrou o Jornal Midiamax em reportagem.

Além desse valor, há outro repasse de R$ 5 milhões do Estado e mais adicionais que incluem emenda e hemodiálise por produção, o que deve chegar ao montante de R$ 14 milhões.

Em nota, a Santa Casa alega que ainda não se pode mensurar todos, mas por se tratar de uma verba de custeio, o não pagamento impede que a instituição cumpra seus compromissos com fornecedores em geral, desde medicamentos, suprimentos, órteses e próteses, entre outros.

“O não pagamento em dia dos fornecedores, por exemplo, nos impõe buscar por outros preços no mercado que, por vezes, chega a ser duas vezes maior que o valor habitual”.

Prefeitura diz que paga até sexta-feira

Ao Jornal Midiamax a prefeitura de Campo Grande informou que vai pagar os valores referentes a dois meses (janeiro e fevereiro) até sexta-feira (31), quando também deve publicar o termo aditivo que oficializa o repasse.

Além das duas parcelas de “atrasados” para a Santa Casa de Campo Grande, a prefeitura diz que vai incluir no pagamento outros adicionais, que incluem emenda e hemodiálise por produção, e o valor deve chegar a R$ 14 milhões.