A Municipal de , cidade a 160 quilômetros de Campo Grande, abriu comissão processante para investigar o vereador Carlos Roberto Segatto, o Tucura (PTB), em sessão realizada na noite de segunda-feira (13). Ele foi flagrado em uma conversa gravada na Casa articulando um suposto esquema de ‘rachadinha', repasse de salários entre assessores.

Dos 13 vereadores, 10 votaram favoráveis à investigação e três foram contra. Votaram pela abertura os vereadores: Adailton Lima, Everton Cristiano, Nô, Juares Alvez, Gamarra, Rodrigo Loboisoer, Rose, Vandressa, Elenir e Paulo Cezar. Foram contra: Zezinho da Farmácia, Sérgio Silva e Venizelos.

A denúncia foi protocolada na semana passada na câmara da cidade.

Diante das denúncias apresentadas contra Tucura, o presidente da Casa, Paulo César Alves (MDB), convocou a 1ª suplente Elenir Escobar do Nascimento (PTB) para participar da sessão que acontece nesta segunda-feira (13).

Durante a conversa de Tucura com a denunciante, foi proposta a divisão dos salários dela e de outro assessor, já que ambos trabalhariam em períodos diferentes.

A mulher, que denunciou inicialmente o caso, alertou o vereador e o colega que a situação configuraria crime de peculato. Em outro trecho da gravação, a ex-assessora negocia uma forma de fazer a “rachadinha” sem despertar a atenção das autoridades.

A ideia levantada é de entregar o em espécie para “não deixar rastros”, ao que a mulher responde: “O de vocês, vocês não querem deixar na reta né? O meu também não vai ficar”.

O vereador Rodrigo Laboissier (PSDB) denunciou o caso na sessão da semana passada da Câmara. “Ouvi umas porcarias, que são crimes políticos! Se não levarmos para frente um processo de cassação, quero ver como vamos responder à nossa população de 40 mil pessoas”, discursou.

Laboissier relata ainda que três colegas já sabiam do caso e não teriam levado a denúncia a público. Além disso, ele lamenta supostos comentários homofóbicos dos quais teria sido alvo. “Se as pessoas não têm coragem nessa Câmara, eu vou ter”, disparou.