Vereadores cobram investigação e afirmam que corredores de ônibus prejudicam o comércio

Vereadores questionam execução dos corredores e pedem revisão do projeto

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Corredor de ônibus da Rua Bandeirantes (Henrique Arakaki; Midiamax)

Para os vereadores de Campo Grande, os corredores de ônibus podem prejudicar o comércio da Capital. Por isso, cobram investigação das obras.

O Jornal Midiamax mostrou nesta semana que os corredores vêm provocando caos na Capital, levantando questionamentos de moradores sobre as estações no meio das vias. Então, o projeto, que está orçado em R$ 110 milhões e não teve ¼ executado, pode ser reavaliado, segundo a atual prefeita Adriane Lopes (Patriota).

O vereador Tabosa (PDT) destacou que os corredores estão “prejudicando muitos comerciantes”. Assim, afirma que há necessidade de olhar com atenção para as obras. “Eu não sei quem planejou isso, mas são milhões e milhões sendo gastos”, disse.

Desde 2014, Campo Grande conta com R$ 110 milhões do PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) Mobilidade Urbana liberados para recapeamento de vias e construção dos corredores de ônibus, a serem entregues até 2024. Contudo, durante a gestão do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) apenas 24% do total foi construído.

O levantamento foi feito pelo Jornal Midiamax com base no Painel + Brasil e com a Caixa Econômica Federal. Por fim, Tabosa considerou que “é tudo muito estranho nessa administração, de 2017 para cá ficou tudo muito estranho o Executivo”.

Investigação dos corredores

Para Tiago Vargas (PSD), há necessidade de investigação. “Com certeza tem que ter uma investigação profunda nisso. Várias obras inacabadas do ex-prefeito Marquinhos Trad”, disse.

O vereador apoia a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). “O que fizeram em Campo Grande foram crimes. A cidade infelizmente está à mercê de vários elefantes brancos espalhados pela cidade”, apontou.

Então, pediu a punição dos responsáveis. “Nós precisamos com certeza abrir uma CPI, punir os responsáveis. Não é aceitável isso, milhões e milhões que foram gastos. Precisamos urgentemente abrir uma CPI sobre as obras inacabadas em Campo Grande”, disse.

CPI do Transporte

Papy (Solidariedade) acredita que a Comissão deve ser debatida. “Quanto a CPI sempre é debatida essa possibilidade”. Contudo, lembrou que participou da abertura de todas. “Todas que tiveram até hoje eu as assinei”, declarou.

O vereador lamentou que a execução dos corredores não garantiram mobilidade para Campo Grande. “Incrível a incapacidade de fazerem aqui em Campo Grande de forma prática e funcional. A ideia é ótima, a execução super problemática”, destacou.

Assim, disse que a Comissão de Transporte está analisando a situação. Presidente da Comissão, Alírio Villasanti (União) afirmou que aguarda o segundo pedido para CPI do Transporte.

Por fim, Papy é favorável a revisão do projeto. “Principalmente no que se diz respeito aos tamanhos dos pontos de ônibus no meio das vias”, apontou. Contudo, garante que é adepto aos corredores de ônibus, quando bem executados.

Ronilço Guerreiro (Podemos) também pede a revisão do projeto. Bem como a CPI. “Já assinei anteriormente a implantação dessa CPI, mas precisamos construir com todos os vereadores essa possibilidade, principalmente com a comissão de transporte”, disse.

Adaptações

Já Otávio Trad (PSD) disse que os campo-grandenses ainda estão em adaptação. Porém, diz que é preciso “avaliar a curto e médio prazo seus benefícios para a mobilidade urbana”.

Então, garante que também serão avaliados “os impactos para o comércio local e elaborar estratégias para que estes não sejam prejudicados”. Sobre a CPI, o parlamentar acredita em análise para 2023.

Por fim, Beto Avelar (PSD) disse que “não há consistência para qualquer tipo de iniciativa neste sentido com objeto para investigação sobre a obra da avenida Rui Barbosa”.

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