Rose Modesto defende apuração sem julgamentos precipitados no conflito em Amambai
Rose Modesto acredita que novos confrontos serão evitados, lamenta a morte do indígena e torce pela recuperação de todos os feridos no conflito
Elias Luz –
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Rose Modesto, deputada federal e pré-candidata ao governo do Estado pelo União Brasil, lamentou a morte do índio Vito Fernandes (42) ocorrido na última sexta-feira (24) na fazenda Borda da Mata, em Amambai, município localizado a 352 quilômetros de Campo Grande. Para Rose Modesto, o momento agora é de apurar e investigar o conflito de terra com a Polícia Militar.
Para Rose Modesto, a mediação de conflitos de terras é função do Estado. “O ideal é evitar o confronto sempre que possível. Neste caso, cabe apuração das instituições responsáveis, para que não se cometam injustiças nem julgamentos precipitados. No fim, o que todos desejamos é que em qualquer situação possam ser evitados resultados extremos com feridos e até mesmo mortes”, disse a pré-candidata ao governo do Estado.
Durante o confronto, o helicóptero sobrevoava a região e foi atingido por um disparo. Ainda há tensão na área de conflito e aproximadamente 100 policiais estavam na região na sexta-feira (24). Além dos policiais militares, também foi acionada a Polícia Federal, que acompanha o caso. Três policiais do Choque foram feridos a tiros, que atingiram regiões dos braços e pernas, sem maior gravidade. Eles foram socorridos pelos colegas e levados ao hospital de Amambai. Já do outro lado, 8 pessoas ficaram feridas, mas não há confirmação se todas seriam indígenas.
Pedido de ajuda
Desde o dia 19 de junho, aldeia indígena de Amambai, a 352 quilômetros de Campo Grande, pede apoio para providências na área de retomada, por questões de conflitos internos. Os problemas antecederam a invasão a uma propriedade rural no dia 23 deste mês e conflito com policiais militares, que resultou na morte do indígena Vito Fernandes, de 42 anos.
Em um primeiro ofício, datado de 19 de junho, o pedido de apoio é sob alegação de que há situações de agressividade e violência na retomada das terras. “Há muitos menores de idade correndo risco de vida, bêbados e muitos aproveitam o conflito e andam com armas brancas e com facão, lanças, fechando as estradas que a comunidade utiliza”, diz trecho do ofício.
Já no dia 23, marco das primeiras invasões na Fazenda Borda da Mata, ofício foi encaminhado para a Funai (Fundação Nacional do Índio), MPF (Ministério Público) e Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). No pedido, foi reforçada a situação de conflito interno na aldeia.
Ainda foi ressaltado que alguns envolvidos na retomada estavam agindo com agressividade e que deram tiros com armas de fogo em direção à sede da fazenda. “As lideranças temem que os fazendeiros ataquem os indígenas e que saia alguém ferido, pois no local está ficando tenso”.
Foi solicitado novamente apoio e tomada de providência para resguardar a vida dos indígenas. “Declaramos que não compactuamos com esse tipo de violência dentro da aldeia”, cita o documento.
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