Reforma tributária divide opiniões e votação pode ser adiada novamente, diz Pacheco
Votação estava prevista para esta quarta-feira (23)
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reconheceu que a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) pode ter dificuldades para votar a reforma tributária e o projeto pode ter a votação adiada novamente. “É um tema altamente complexo, que divide opiniões. É muito importante a busca de consenso”, disse em coletiva.
Nos bastidores as conversas são sobre pontos que divergem entre os senadores. “Esses alinhamentos são normais, é o tempo próprio de maturação na Comissão de Constituição e Justiça”, afirmou.
Nesta terça-feira (22), ele destacou que a reforma tributária é “o tema mais esperado, mais complexo e mais sensível para a República”. Assim, disse que “pode ser que haja alguma dificuldade de se votar amanhã”.
Contudo, garantiu que “se não puder ser apreciada amanhã, vai ser na próxima semana”.
Debate estendido
Na última reunião da CCJ sobre o assunto, as senadoras por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), apoiaram o adiamento e reforçaram a necessidade de mais debates sobre o texto.
Durante a reunião da Comissão na quarta-feira (16), Simone lembrou que a discussão em torno da reforma tributária se estende há decadas. “Nós estamos falando de uma reforma tributária que há vinte anos está sendo debatida no Senado Federal”, disse.
“Estamos há um passo de chegar a um possível acordo. Para quem aguardou 20 anos, por que não aguardar pelo menos mais uma semana?”, questionou. A senadora por MS disse que se preocupa com o fundo de desenvolvimento regional.
Segundo ela, num primeiro momento o fundo atende os arranjos produtivos regionais e locais, “mas ele ainda não nos garante um fundo de compensação para garantir que estados produtores de commodities não percam”.
No mesmo sentido, a senadora Soraya afirmou que busca a aprovação da reforma. No entanto, também solicitou mais tempo para debates.
Ao relator, a senadora informou que ligou para o líder do MDB e conversou com a cúpula do União Brasil, que indicou que seguissem a linha dos emedebistas de adiar a votação. “Seguir com o adiamento da votação, caso contrário, é votar não”.
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