Líderes do Senado decidem instaurar CPI do MEC após as Eleições 2022

Oposição afirma que pode acionar STF contra decisão dos líderes

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
senadores projeto líderes senado
Senado aprovou 34 projetos do Executivo. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Nesta terça-feira (5), os líderes do Senado Federal decidiram instaurar as CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MEC (Ministério da Educação) após as Eleições de 2022. Uma das Comissões propostas é para investigar suposta corrupção no Ministério da Educação.

De Mato Grosso do Sul, as senadoras Soraya Thronicke (União Brasil) e Simone Tebet (MDB) assinaram o requerimento para instauração da investigação. Segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), são quatro CPIs que devem ser instauradas após as eleições.

Além da CPI do MEC que investiga suposta corrupção nos repasses de verbas públicas, outra Comissão também envolve o MEC e deve investigar obras inacabadas da gestão do PT. As outras duas comissões envolvem a região da Amazônia, uma deve investigar as ONGs do Estado e outra o crime organizado.

Em reunião, o líder do governo, Carlos Portinho (PL-RJ), afirmou que a maioria dos líderes partidários optou pela instalação das CPIs após as eleições de outubro. Segundo a Agência Senado, as lideranças justificam a instauração após as votações para que os senadores possam participar das reuniões e não sejam movidos por interesses eleitorais durante as investigações.

Líderes da oposição

No entanto, o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse que há possibilidade de recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal). Ele argumentou que a CPI é instrumento de minorias parlamentares e destacou que não existe uma ordem cronológica para instalação de comissões parlamentares de inquérito.

“No caso da CPI do MEC nós alcançamos 31 assinaturas, quatro a mais do que o mínimo necessário para que a CPI seja instaurada, sob a Constituição não cabe juízo de valor, de oportunidade e de conveniência de quem quer que seja, muito menos do colégio de líderes do Senado Federal”, explicou. Assim, Randolfe disse que “não restará, lamentavelmente a oposição, outra alternativa a não ser recorrer ao Supremo Tribunal Federal”.

Caso os requerimentos não sofram baixas de assinaturas, a CPI será criada após as eleições e os líderes partidários deverão indicar senadores que vão atuar nas investigações. No entanto, não há prazo para que os parlamentares sejam indicados.

Conteúdos relacionados

prefeito urt eleições