VÍDEO: Deputado denuncia assoreamento de rio em MS e cobra providências

Rio Paraná teve queda no nível das águas e tem menos peixes, o que preocupa ribeirinhos

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Rio Paraná está tão baixo que é possível andar no leito. (Foto: Divulgação)

O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) ocupou a tribuna da Alems (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul) nesta quarta-feira (13) para denunciar o assoreamento do Rio Paraná, que corta a região leste do Estado. Os ribeirinhos têm enfrentado problemas para pescar no curso d’água.

“Eu fiz questão de trazer ao público o assunto por meio dos vídeos de diversos pescadores e ribeirinhos que moram ali naquela região abaixo da usina de Porto Primavera, e que são afetados por essa baixa do rio, por essa situação retratada. Aqui é o lugar ideal para a gente debater essas questões com a profundidade que ela merece. Estamos falando do rio Paraná, e a Bacia do Rio Paraná é uma das mais importantes do País. Com a construção da usina de Porto Primavera, o tempo de seca acaba provocando essa situação”, relatou.

O petista sustentou que o nível do rio baixou e identificou uma diminuição do volume de peixes. “O rio baixou em seu nível em média de 3 metros, e isso coloca a vida do rio em xeque. As espécies e quantidades de peixe não são as mesmas, e o que precisamos debater, juntamente com a população ribeirinha, que sente o impacto direto e os efeitos e a forma com que nós pudemos atuar”, ressaltou.

Amarildo Cruz durante discurso na tribuna. (Foto: Wagner Guimarães/Alems)

Presidente da Alems, Paulo Corrêa (PSDB) rechaçou que a usina tenha responsabilidade pela degradação do rio. “Culpar a usina é um exagero. “Hoje o rio Paraguai tem 3,15 m em Porto Murtinho, em 2014 o mesmo trecho tinha 6,2 m, ou seja 3 m a menos também. Temos que levar em consideração a mudança climática em curso, como as chuvas torrenciais que atingem o Nordeste, volume na Bacia do Paraguai e Paraná diminuiu substancialmente”, ponderou.

Corrêa determinou que Cruz se junte à Comissão de Meio Ambiente para ir ao local para obter detalhes sobre o assoreamento e assim tomar providências.

Lodo e algas

O deputado apresentou um compilado de vídeos em que os pescadores mostram a retirada de algas do rio e ainda relatam dificuldades na pesca. Os ribeirinhos demonstram preocupação com as águas cada vez mais baixas.

“Estamos andando pelo leito do rio, que era bom de peixe. As coisas estão complicadas”, relata um pescador em um vídeo.

Veja o vídeo:

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