CONFIRA: Das quatro afirmações de Marquinhos questionadas no Debate Midiamax, três são falsas

Checagem do Núcleo de Transparência do Jornal Midiamax verificou afirmações contestadas pelo PSDB

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santa casa Marquinhos
Candidato do PSD, Marquinhos Trad. (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)

O Jornal Midiamax recebeu denúncia sobre falas do candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Marquinhos Trad (PSD), durante o Debate Midiamax. Quatro pontos foram apontados pela assessoria jurídica do PSDB como falsos, sendo que três das queixas foram procedentes e uma é parcialmente procedente.

A possibilidade de verificação das falas por meio de denúncia foi acordada entre os candidatos e registrada em ata, sendo o prazo para solicitação de até 24h após o debate. Vale destacar que as informações foram verificadas pelo Núcleo de Transparência do Jornal Midiamax.

Verificação das falas

“Campo Grande investiu mais na saúde, foram R$ 68 milhões para a Santa Casa, enquanto que o Estado enviou R$ 48 milhões”, Marquinhos Trad (PSD).

A denúncia da Coligação Trabalhando Por Um Novo Futuro (Federação PSDB-Cidadania, PP, PL, PSB, Republicanos E PDT) afirmou que a ‘informação não procede’. Segundo apuração, a denúncia é procedente.

Isso porque durante o ano de 2021, o Estado repassou R$ 11 milhões a mais do que Marquinhos Trad afirmou durante o debate. Portanto, segundo apuração com base em dados da Santa Casa, o Governo Estadual enviou cerca de R$ 59 milhões ao hospital e não R$ 48 milhões como afirmou o candidato do PSD.

2021Repasses estaduaisRepasses municipais
De janeiro a junhoR$ 23.101.807,8R$ 30.191.335.8
De julho a dezembroR$ 36.615.696,0R$ 37.555.224
Total anualR$ 59.717.503,8R$ 67.746.559,8
Repasses realizados para Santa Casa em 2021, segundo dados do Hospital.

Na denúncia, em momento algum a Coligação Trabalhando por Um Novo Futuro afirma que o repasse é maior que o municipal. Sendo assim, a informação citada pelo candidato do PSD durante o confronto é incorreta.

“O candidato do Azambuja disse que implantou a Controladoria Geral do Estado. É verdade, 4 anos depois, depois que nós da prefeitura implantamos no 1º ato do nosso governo”, disse Marquinhos durante o debate”, Marquinhos Trad (PSD).

A denúncia apontou o discurso como falso. Segundo apuração, a denúncia é procedente. Segundo publicação do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), a CGM (Controladoria-Geral do Município) foi criada em 17 de janeiro de 2017. Assim, no Decreto nº 13.044/2017 foi aprovada a estrutura básica da CGM.

Já no Governo do Estado, a CGE (Controladoria Geral do Estado) foi estruturada em 12 de dezembro de 2016, pela Lei Complementar nº 230/2016, publicada no DOE (Diário Oficial do Estado). Ou seja, cerca de um mês antes da CGM e do início da gestão de Marquinhos Trad como prefeito de Campo Grande.

“Campo Grande investiu mais na saúde. Para a maternidade Cândido Mariano o município também repassou mais, foram R$ 1,8 bilhão para os 79 municípios do Estado, enquanto que só Campo Grande investiu R$ 1,4 bilhão. Onde estava o Governo do Estado durante a pandemia?”, Marquinhos Trad (PSD).

O PSDB junto com os coligados denunciou a fala como falsa. A denúncia é procedente, já que os R$ 1,4 bilhão investidos pela Prefeitura são compostos de diversos recursos.

Segundo a LOA (Lei Orçamentária Anual), em 2021, foram demonstradas despesas de R$ 1,4 bilhão com o Fundo Municipal de Saúde, aplicado em Campo Grande. Com isso, o mesmo documento aponta que o valor é fracionado em três partes, composto por recursos do tesouro (R$ 544 milhões), recursos próprios indiretos (1,2 milhões) e outros (R$ 877 milhões).

“Nós vamos valorizar o servidor público, não é possível que no estado tão rico, não há sequer reposição salarial durante 7 anos, e chega no último ano eles agraciam para tapar o sol com a peneira”, Marquinhos Trad (PSD).

Na denúncia da coligação do candidato do PSDB, a fala foi apontada como ‘inconsistente e incorreta’. Então, segundo apuração do Jornal Midiamax, a denúncia é parcialmente procedente.

Apesar do Governo do Estado ter reestruturado carreira de diversas categorias, servidores costumam considerar que não houve reajuste concreto. Isso porque os valores aprovados normalmente ficam abaixo da inflação.

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