Confira como foi o dia dos candidatos à Presidência da República neste sábado

Campanha entra na reta final, faltando 15 dias para 1º turno

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
prazo
Imagem ilustrativa

Há 15 dias para o primeiro turno das eleições deste ano, a agenda dos 11 candidatos à Presidência deste sábado contou com caminhada, panfletagem e motociata, com direito a corpo a corpo com os eleitores. Alguns candidatos, entretanto, não participaram de atividades públicas neste sábado.

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, participou de ato de campanha na cidade de Trindade, região metropolitana de Goiânia. Em visita ao bairro Vila do Sonho, o candidato falou sobre o funcionamento do programa de Reforma Urbana e Regularização Fundiária. A proposta busca legalizar posse de terrenos e casas. Além disso, ele defendeu a medida do programa de governo voltado para financiar a reforma de casas populares.

Constituinte Eymael (DC) caminhou pelo comércio da Rua 12 de outubro, na Lapa, bairro da zona oeste paulistana. Neste domingo (18), Eymael participa de carreata na zona leste de São Paulo em homenagem ao aniversário do bairro Tatuapé.

Felipe D’Ávila (Novo) não teve agenda pública neste sábado (17).

O candidato reeleição, Jair Bolsonaro (PL), participou de motociata em Caruaru, no Agreste Pernambucano. Ele defendeu as ações sociais do atual governo durante a pandemia de covid-19. “O governo gastou, em 2020, mais de R$ 700 bilhões para combater a pandemia e uma parte disso foi em cima do Auxilio Emergencial”, disse. “Nós socorremos os mais humildes, nós gastamos em 2020 o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. Lá atrás, o Bolsa Família começava pagando R$ 80 por mês apara família e se o chefe daquela família arrumasse um emprego, ele perdia o Bolsa Família. No nosso governo, acabamos com o Bolsa Família e criamos o Auxílio Brasil e o valor passou a ser, pelo menos, R$ 600 e você pode achar emprego que não vai perder o Auxílio Brasil”, acrescentou.

O candidato Leo Periclés, da Unidade Popular, participou hoje (17), de um almoço com apoiadores da campanha, no Restaurante Popular de Florianópolis, em Santa Catarina. Na agenda do candidato, há também tuitaço, às 18h. Ele conclama os apoiadores a postarem uma foto com a inscrição: “Queremos candidatos negros nos debates”. Leo escreveu na sua rede social “Para reverter isso, queremos a garantia da participação de candidatos negros nos debates, debatendo um programa popular e as propostas antirracistas de um governo para todo o povo brasileiro”.

Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT participou de comício neste sábado (17), na Boca Maldita, região central de Curitiba. Em sua fala, Lula lamentou números do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb). Segundo o levantamento, a porcentagem de crianças do 2º ano do ensino fundamental que ainda não sabem ler e escrever, nem mesmo palavras simples, mais do que dobrou entre 2019 e 2021, em meio à pandemia de covid-19 (iniciada em 2020), com escolas fechadas e ensino remoto. Lula também ressaltou seu sentimento por Curitiba, onde ficou 580 dias preso, por causa da condenação em processo da Operação Lava Jato. “Tem gente que pensa que eu fiquei com ódio de Curitiba, porque eu fiquei preso aqui. A cadeia me fez aprender a amar Curitiba. Eu tenho gratidão, tenho respeito por Curitiba”, disse o presidenciável.

Padre Kelmon (PTB) cumpriu apenas agenda interna com padres e pastores apoiadores da campanha, em São Paulo.

Em ato na Cidade Tiradentes, no extremo leste do município de São Paulo, a candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, ressaltou a importância de políticas que promovam igualdade de gênero e raça no país. “Precisamos fazer campanhas e realizar ações para incluir o cidadão preto na política brasileira. É o único jeito de avançar. Hoje, a mulher ganha 20% menos que o homem. Se for uma mulher preta, chega a ganhar 40% menos, pois ela tem menos oportunidades. Fortalecer o empreendedorismo feminino é a porta de entrada para a emancipação”, afirmou Simone Tebet.

Sofia Manzano (PCB) cumpriu agenda no município baiano de Feira de Santana. O dia começou com um café da manhã coletivo, às 9h, e, em seguida, ela participou de uma mesa de debates com a candidata a deputada federal pelo PCB, Ana Karen, e com o candidato ao governo da Bahia, Giovani Damico, e o vice dele, João Coimbra. Por volta de 12h, Sofia visitou a Feira da Marechal, onde fez panfletagem e conversou com eleitores. No início da tarde, a candidata deu entrevista à imprensa local.

A candidata do União Brasil a presidente da República, Soraya Thronicke (União Brasil), fez campanha pela feira livre e camelódromo do Alecrim, em Natal. Lá, ela conversou com comerciantes onde defendeu sua proposta de uma nova política econômica para o país, com adoção do imposto único, abolindo 11 tributos federais. A senadora disse que o seu partido “tem um DNA liberal na economia” e ressaltou que não há como cuidar das pessoas, sem cuidar da economia do país. “Nosso sistema tributário é caótico e desestimula investimentos e estamos atrasadíssimos no quesito abertura de mercados”, afirmou. Soraya Thronicke avaliou ainda que o Brasil é um dos piores países do mundo para pessoas se aposentarem e garantiu, que se eleita, vai tirar o desconto de INSS da folha de pagamento. Outra promessa da candidata é que quem ganha até cinco salários mínimos não vai mais pagar imposto de renda.

A candidata à Presidência da República pelo PSTU, Vera Lucia, defendeu redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, em debate online com sindicalistas e ativista de movimentos sociais da Central Sindical e Popular (CSP) – Conlutas. “Defendemos reduzir a jornada diária de trabalho para 6 horas [30 horas semanais]. Isso permitiria a criação de outro turno de trabalho, empregando mais pessoas, dividindo entre todos do trabalho necessário ao país”, afirmou. “Defendemos o fim imediato da precarização do trabalho. Todos os trabalhadores precisam ter carteira de trabalho assinada, estabilidade no emprego, direito a férias, décimo terceiro e aposentadoria. As empresas que não cumprirem com as leis trabalhistas e demitirem trabalhadores em massa, devem ser expropriadas, deixando-as sob o controle dos trabalhadores”, completou.

Conteúdos relacionados