Grupo técnico criado para discutir o reajuste da tarifa de ônibus de Campo Grande volta a se reunir nesta segunda-feira (10) e, desta vez, com o Governo de Mato Grosso do Sul, além do Consórcio Guaicurus e de outros integrantes. O Executivo Estadual era requisitado para debate sobre o assunto, uma vez que ‘administra' o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do óleo diesel, usado nos veículos, e também a gratuidade concedida aos estudantes da rede estadual de ensino.

De acordo com o secretário de Governo, Antônio Lacerda, o secretário de Governo do Estado e diretor-presidente da (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul), e Carlos Alberto Assis, serão os representantes do governador do Estado, Reinaldo Azambuja, no encontro desta segunda. Por enquanto, a discussão está aberta, ou seja, não há nada ainda definido, afirma o titular.

“Nesta reunião, pedimos para ver mais claramente os dados. Foi pedido que o grupo trouxesse informações mais objetivas, com planilha, quanto tem de ser o valor da tarifa, quanto falta, quem deve pagar. Presença do Estado é importante”. O colegiado pode decidir os pontos em aberto nesta segunda, mas o prazo para definição segue até quinta-feira (13). 

Mediação com MPT

Na semana passada, audiência no MPT (Ministério Público do Trabalho) reuniu o prefeito (PSD) por videoconferência, uma vez que está com covid, dirigentes do sindicato dos motoristas, do Consórcio Guaicurus, além de outros interessados no assunto.

Ficou acordada a possibilidade de o passe de ônibus, que hoje está em R$ 4,20, subir para R$  4,40, mas uma série de pedidos, que o colegiado formado hoje vai analisar, foi feita para que o reajuste possa ser ‘aceito'. Pelos cálculos da tarifa técnica, que inclui o preço de insumos, acréscimos salariais, entre outros, a tarifa seria elevada para R$ 5,10 — o que a prefeitura rejeita.

Para ‘barrar' aumentos elevados, próximo de 2021 terminar, o chefe do Executivo municipal decretou que o reajuste anual de serviços concedidos, como transporte e água e esgoto, seria limitado em 5% — o que faz com que o passe fique em R$ 4,40