Em sessão da CPI da nesta quarta-feira (25), a senadora sul-mato-grossense indicou três nomes para depoimento na Comissão. A parlamentar apontou o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco e o ex-diretor da Saúde, Rodrigo Dias.

Nesta sessão, quem prestou depoimento foi o diretor-presidente da FIB BanK, Roberto Pereira Ramos Júnior. A empresa foi apresentada como garantidora de crédito da Precisa Medicamentos na compra duvidosa da vacina indiana Covaxin.

Assim, ao presidente da FIB BanK, a senadora questionou: “quem são os verdadeiros donos?”. Ele questionou ainda se “eles estão dentro dos corredores escuros de Brasília, no Ministério da Saúde, negociando não só essa, mas outras vacinas superfaturadas”.

Mesmo que os nomes já tenham passado pela CPI, a senadora apontou novamente a necessidade de investigações. “Vocês devem estar os três sentadinhos aí [lugar dos investigados], para dizer o porquê, se o jurídico disse que não podia, que a garantia tinha de ser bancária e não poderia ser de crédito. Por quê que se aceitou o FIB Bank como garantidor fora do prazo?”, perguntou.

A senadora indicou ainda que uma invoice seria emitida para pagar a empresa por paraíso fiscal “para uma empresa que não estava no contrato”. Durante a CPI também foi exposto o uso de laranjas como sócios na FIB BanK.

Conhecida por apresentações detalhadas na CPI, a senadora exibiu um vídeo de Geraldo Rodrigues Machado, morador do município alagoano que só descobriu ser sócio da empresa quando tentou financiar uma moto em 2015.

“O contrato da Covaxin era fraudulento. Faltavam partes, [haviam] valores para serem pagos em paraíso fiscal por quem não fazia parte da assinatura do contrato, e garantia de um banco que não era banco”, destacou a senadora.