Para o presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o projeto que desobriga o uso da máscara na cidade será reprovado pela Casa. Ele afirmou ainda que a proposta do vereador Vargas (PSD) não possui apoio da Mesa Diretora.

“Na Câmara só entra com máscara, esse projeto não tem prioridade entre os pares. Acredito que esse projeto nem será votado”, pontuou. Para ele, mesmo que o projeto entre em pauta, dificilmente será aprovado, pois, o vereador autor precisaria de 20 assinaturas e da aprovação na apreciação.

Afirmando que a maior parte dos vereadores são favoráveis às medidas de prevenção, ele aponta que “quatro ou cinco pode ser que apoiem ele neste projeto, mas a maioria não apoia não”. Carlos, conhecido como Carlão, disse ainda que a proposta “não tem apoio da mesa diretora” e que é “defensor da máscara, dos protocolos e da ciência”.

“Na Câmara ali não vou brincar não. Quem quiser brincar de Covid-19, que brinque em outro lugar, na Câmara eu vou cumprir todas as regras que tiver que cumprir, que a ciência falar”, finalizou.

A proposta

No texto, é citado que a máscara não precisaria ser usada inclusive em ambientes fechados, além dos locais abertos. “Mantidas as demais medidas de prevenção”. Atualmente, com a liberação para lotação da capacidade de cada lugar e sem toque de recolher, equipamentos de proteção individual são uma das únicas regas vigentes, além da disponibilização de álcool. Distanciamento também é recomendado, mas não há mais um limite específico.

A exceção no projeto de lei fica, obviamente, para as pessoas infectadas ou com suspeita de estarem contaminadas com o coronavírus ‘durante o período de transmissão' — cujo uso deve ser obrigatório. O projeto foi protocolado na quinta-feira (21), portanto, ainda passará pelas comissões relacionadas antes de chegar ao plenário, que pode rejeitá-lo. Mesmo se aprovar a medida, ainda dependeria da sanção da prefeitura.

Na manhã desta sexta-feira (22), o prefeito de Campo Grande, (PSD), disse que não é sequer cogitada a revogação da obrigatoriedade de uso de máscaras em ambientes fechados. Em ambientes abertos, a utilização é ‘recomendada', reforçou.