Na contramão de MS sobre máscaras, vereador quer desobrigar o uso em Campo Grande

Na Câmara Municipal, utilização do equipamento é obrigatória

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Uso correto de máscaras é essencial para frear transmissão da variante Delta
Uso correto de máscaras é essencial para frear transmissão da variante Delta

Na contramão do que tem dito Prefeitura de Campo Grande e Governo de Mato Grosso do Sul, projeto de lei apresentado na Câmara Municipal quer desobrigar o uso de máscaras durante a pandemia de Covid-19 na cidade. O vereador Tiago Vargas (PSD) é o autor da proposta.

No texto, é citado que a máscara não precisaria ser usada inclusive em ambientes fechados, além dos locais abertos. “Mantidas as demais medidas de prevenção”. Atualmente, com a liberação para lotação da capacidade de cada lugar e sem toque de recolher, equipamentos de proteção individual são uma das únicas regas vigentes, além da disponibilização de álcool. Distanciamento também é recomendado, mas não há mais um limite específico. 

A exceção no projeto de lei fica, obviamente, para as pessoas que estão infectadas ou com suspeita de estarem contaminadas com o coronavírus ‘durante o período de transmissão’ — cujo uso deve ser obrigatório. O projeto foi protocolado na quinta-feira (21), portanto, ainda passará pelas comissões relacionadas antes de chegar ao plenário, que pode rejeitá-lo. Mesmo se aprovar a medida, ainda dependeria da sanção da prefeitura.

Na manhã desta sexta-feira (22), o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), disse que não é sequer cogitada a revogação da obrigatoriedade de uso de máscaras em ambientes fechados. Em ambientes abertos, a utilização é ‘recomendada’, reforçou.

Na justificativa, o vereador cita ‘que deve ser dado reconhecimento e importância das medidas de prevenção no sentido de frear a disseminação do vírus, dentre tantas, o uso de máscaras faciais’. Mas, afirma também, é notório que as mortes e o contágio diminuíram, possibilitando a flexibilização de medidas de prevenção.

Para o parlamentar, ainda se questiona a eficácia dos equipamentos para combate ao vírus. “Infelizmente esse vírus não tem prazo de validade, mas, com a evidente diminuição de novos casos e mortes, é preponderante que os munícipes tenham a desobrigação do uso de máscaras, pois muitas pessoas estão sofrendo problemas respiratórios devido ao seu uso”. 

O secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, também disse nesta manhã que, até chegar aos 90% da população vacinada com a primeira e segunda dose ‘ainda não há previsão de abandonar o uso de máscaras no Estado’. 

 

Conteúdos relacionados

Rua 14 de julho