Adotado na Câmara Federal com o retorno das atividades presenciais, o passaporte da vacina contra Covid-19, que exige comprovante para entrada em determinados lugares, não deve ser aplicado na Câmara Municipal de Campo Grande, pelo menos por enquanto. Segundo o presidente Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), fica inviável exigir a apresentação de outras pessoas sem ter 100% dos vereadores vacinados. 

Dos 29 parlamentares, (Republicanos) não teria tomado nenhuma dose da vacina contra o coronavírus. “Quem me falou que não vacinou foi só o Gilmar da Cruz, os outros todos vacinados duas vezes. Se eu adotar passaporte ficaria controvérsia evidente. Primeiro, para exigir dos outros, teríamos que ter 100% dos edis vacinados e, nesse caso, não temos”, afirmou o presidente.

Aos 53 anos, a vez de Gilmar da Cruz na imunização chegou no começo de junho. Procurado pela reportagem, após dois dias, o vereador disse somente que está se preparando para uma cirurgia e, depois do procedimento, fará uma avaliação para ‘ver se estou apto'.

Apesar de descartar o passaporte neste momento, Carlão afirma que os protocolos de biossegurança como obrigatoriedade do uso da máscara, distanciamento seguro e disponibilização de álcool em gel, estão ‘indo bem', e devem continuar a ser exigidos na Casa de Leis. “Não abro mão”.  

Em 3 de agosto, o Jornal Midiamax publicou que, naquela altura, somente a vereadora Camila Jara (PT) não tinha se vacinado. No caso dela, apenas porque, aos 26 anos, a vez dela na fila só chegou naquele dia. A informação na ocasião foi de que só a parlamentar não tinha se imunizado.

A Câmara Municipal de Campo Grande adotou sessões remotas durante a pandemia, mas manteve integrantes da trabalhando do prédio. O segundo semestre deste ano marcou a retomada 100% presencial dos vereadores em plenário, com os protocolos já mencionados.