Governo do Estado publicou novo decreto com medidas mais rigorosas diante do avanço do coronavírus em Mato Grosso do Sul, que estabelece toque de recolher entre às 20h e 5h do dia seguinte a partir do domingo (14) e conforme o prefeito de , (PSD), as normas serão seguidas à risca na Capital.

Conforme o prefeito, as decisões tomadas pelo Município diante da pandemia sempre foram pensadas e planejadas, nunca impostas. “As decisões sempre foram pensadas por várias cabeças e instituições. Na cidade ninguém faz nada sozinho. Por isso é sábio ouvir as instituições que amam os campo-grandenses. Nossa maior preocupação é a vida e sem matar a economia. Campo Grande vai seguir o decreto do toque de recolher bem como a determinação do MPMS para multiplicar leitos e intensificar as fiscalizações”, disse Marquinhos. 

Em coletiva, o prefeito afirmou que vai seguir o decreto que implanta toque de recolher a partir das 20h e também a medida mais rígida no comércio aos finais de semana, que deverão fechar às 16h. Marquinhos também afirmou que, para reforçar fiscalização, colocará mil homens da GCM (Guarda Civil Municipal) nas ruas para combater festas clandestinas.

Vale lembrar que o decreto estadual sobrepõe qualquer determinação municipal mais branda. Em reportagem anterior, o Jornal Midiamax conversou com o assessor jurídico da Assomasul, que explicou a hierarquia dos decretos.

A reunião, que começou às 15h, durou cerca de duas horas e reuniu representantes da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), e Ministério Público. Os comerciantes e empresários afirmam serem os maiores prejudicados no decreto e afirmam que novas medidas podem causar ‘onda de falência' na economia de Campo Grande.

Comércio é contra medidas severas

O presidente da CDL, Adelaido Vila, disse antes do início da reunião, que o decreto imposto pelo Governo do Estado vai “terminar de matar” a Capital economicamente. O comércio critica a forma com que o Estado afrouxou medidas e não providenciou leitos para o interior.

“Tudo por conta da irresponsabilidade que a saúde pública passou no interior. Campo Grande vai passar por uma crise econômica significativa. E o Governo do Estado não está resolvendo o problema com a saúde pública”, afirmou Vila.

Alexandre Magno Lacerda, procurador de Justiça, afirmou que o MPMS estará cobrando maior fiscalização de eventos clandestinos não só em Campo Grande, mas em todo o estado. Além disso, alertou para um problema que pode ser ainda maior em MS.

“Nós vivenciamos um problema em agosto com uma realidade, a população necessita entender que a situação é diferente. Por mais que tenha um número menor de contaminação, a ocupação de leitos de UTI está sendo muito mais rápida, foi assim que estourou Manaus”, afirmou o procurador.