As restrições adotadas pelos municípios terão consequências que demandarão auxílio do Governo Federal para serem solucionadas. A avaliação é do prefeito Álvaro Urt (DEM), de Bandeirantes, município situado a 69 quilômetros de Campo Grande.

Mesmo sem nenhum caso confirmado do novo coronavírus COVID-19, a prefeitura adotou as medidas de segurança que vigoram na maior parte das cidades do Estado – como a suspensão das aulas, toque de recolher e atendimento somente em serviços de emergência.

Mas, não só a contenção preocupa a administração. “Alguma medida o Governo Federal vai ter que adotar pra poder viabilizar os municípios, que já são muito empobrecidos”, afirmou o prefeito, sobre a queda na arrecadação e em repasses de tributos como o ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).

“Nesse momento em que a população que estava mais estabilizada fica vulnerável, vai recorrer ao município, que tem que dar suporte”, comentou. O problema, aponta o prefeito, é que com os percentuais previstos na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) não sobra muito orçamento para gastos extras. A situação piora por se tratar de episódio inédito na história recente. “A União vai ter que ajudar”, ponderou.

Resistência

Sobre as medidas para evitar o contágio, as normas chegaram a encontrar resistência em uma parte da população, detalhou o prefeito. Mas, com os decretos em vigor as pessoas acabam por cumprir as determinações. “A nossa estrutura de saúde adotou algumas medidas para organizar o atendimento. Temos quatro unidades e uma delas está funcionando em dois turnos com horário estendido”, detalhou.

Nesta terça-feira (24), a prefeitura suspendeu os pagamentos de contas de água para famílias que registram o consumo mínimo. Já as demais poderão parcelar os débitos em até 36 vezes.