Sob protesto de mulheres, Rinaldo usa tribuna e sessão é suspensa na Assembleia

O deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) usou a tribuna nesta terça-feira (3) para explicar seu posicionamento sobre o Carnaval, que gerou protesto de grupo de mulheres na Casa, mas foi vaiado e a sessão acabou suspensa. Na última sessão, o parlamentar disse que ‘muitas pessoas estavam agredindo verbalmente quem estava indo para o culto, por […]

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O deputado estadual Rinaldo Modesto (PSDB) usou a tribuna nesta terça-feira (3) para explicar seu posicionamento sobre o Carnaval, que gerou protesto de grupo de mulheres na Casa, mas foi vaiado e a sessão acabou suspensa.

Na última sessão, o parlamentar disse que ‘muitas pessoas estavam agredindo verbalmente quem estava indo para o culto, por exemplo. Teve uma mulher que baixou a calcinha em frente a uma igreja. Gente querendo ir para o culto e tendo que ver aquilo’, reclamou.

Modesto afirmou que foi mal interpretado e que ‘pegaram uma frase, tornando tudo isso uma grande confusão’. O grupo de mulheres que protesta nesta terça no local afirmou que só deixaria a Casa se o deputado pedisse desculpas.

Após ser interrompido por vaias e palavras de ordem, a presidência da Assembleia solicitou silêncio para que o deputado se explicasse por duas vezes. Na tribuna, Rinaldo concluiu seu posicionamento pedindo que um varal com fraldas e roupas de crianças fosse feito na Casa, e não um de calcinhas.

“Muitas famílias sul-mato-grossenses me entenderam e apoiam a minha fala”, disse. Irritada, uma das mulheres do plenário, que está grávida, informou ao deputado que elas também tinham família.

Com a continuação das vaias e sem ser possível entender o que era falado pelo deputado na tribuna, o presidente da Mesa, deputado Paulo Corrêa (PSDB) suspendeu a sessão por cinco minutos, esperando silêncio no plenário para a continuação da sessão desta terça-feira.

As manifestantes reiteraram que não deixarão a Assembleia enquanto o parlamentar não pedir desculpas pelo posicionamento, considerado ofensivo por elas. Os deputados se reuniram para verificar a possibilidade de uso da tribuna também pelas manifestantes. No entanto, o Regimento Interno da Casa prevê que inscrições devem ser solicitadas com 48 horas de antecedência e os parlamentares decidiram seguir a normativa, informou o deputado Pedro Kemp (PT) no retorno da sessão.

Mostrando a calcinha

Enquanto discutiam sobre a possibilidade de criação de uma arena para que fosse realizado o Carnaval de rua e também de melhoria no plano de policiamento, após reclamação de comerciantes do Centro que tiveram suas lojas vandalizadas, o deputado Rinaldo Modesto criticou a postura de algumas das pessoas que frequentam a festa.

Segundo o parlamentar, “muitas pessoas estavam agredindo verbalmente quem estava indo para o culto, por exemplo. Teve uma mulher que baixou a calcinha em frente a uma igreja. Gente querendo ir para o culto e tendo que ver aquilo”, reclamou.

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