Além da pandemia de , foi preciso lidar em 2020 com as eleições para escolha de prefeito e vereadores. Em tempo em que se exigiu, e ainda exige, distanciamento, a indagação dos políticos foi como alcançar o eleitor, sem poder se aproximar de fato dele.

Enquanto, para o eleitor, política pareceu ficar em segundo plano em um ano difícil, e o problema foi decidir ir às urnas em meio à pandemia. Casos da doença em um cenário inédito adiaram o pleito que sempre ocorre em outubro, jogando-o para 15 de novembro, feriado da Proclamação da República.

Em , a expectativa anterior à eleição era sobre as redes sociais e uma campanha sem o tradicional corpo a corpo. Na prática, a primeira perspectiva se confirmou, com uso excessivo da e das propagandas patrocinadas.

Mesmo assim, apesar de as grandes reuniões políticas terem sido evitadas, houve casos de aglomeração em comitês. As visitas dos candidatos nos bairros continuaram também, teoricamente com limite de eleitores, uso de máscara e álcool em gel. Regras que praticamente todo mundo se acostumou neste ano.

Propagandas pagas, poucos debates

Com a concentração da campanha eleitoral nas redes sociais, um recurso bastante utilizado em 2020 foi postagem paga no Facebook e Instagram. Levantamento disponibilizado pela própria plataforma apontou gastos de ao menos R$ 1,1 milhão, somando os candidatos de .

Na contramão do movimento intenso das redes virtuais, os debates presenciais foram evitados. Campo Grande teve 15 candidatos a prefeito e promover confrontos presenciais, levando em consideração todas as medidas de biossegurança, foi inviável em certos casos.

A campanha eleitoral começou em 27 de setembro, em um momento ainda com casos da doença, mas com a pandemia considerada controlada.

Em contrapartida, houve denúncias de comitês lotados e sem distanciamento. No fim de outubro, foi noticiado novo aumento da doença.