Pandemia: sobre reduzir salários, vereadores de Campo Grande dizem que ‘já fazem doações’
Vereadores de Campo Grande afirmam que estão adotando ações e medidas para ajudar no combate ao coronavírus. A reportagem quis saber se os parlamentares cogitam doar parte dos salários e se Mesa Direto pensa em antecipar a devolução do duodécimo – dinheiro destinado pelo município ao Poder Legislativo. “Independente de ter doação de salário, boa […]
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Vereadores de Campo Grande afirmam que estão adotando ações e medidas para ajudar no combate ao coronavírus. A reportagem quis saber se os parlamentares cogitam doar parte dos salários e se Mesa Direto pensa em antecipar a devolução do duodécimo – dinheiro destinado pelo município ao Poder Legislativo.
“Independente de ter doação de salário, boa parte do meu salário já está indo para estas atividades, socorrendo várias pessoas que precisam. Não só no aspecto de medicação e alimentos, mas necessidades de organizações que atendem pessoas que estão em situação de vulnerabilidade”, afirma o vereador Eduardo Romero (Rede). Para ele, estas medidas não estão feitas ‘porque o vereador é bonzinho’, mas sim ‘pelos ser humanos que somos e diante da necessidade que vemos que estão passando’.
Defendendo que não haja politicagem com o assunto, o vereador Junior Longo (PSDB) cita a criação de fundo para receber recursos e comissão para arrecadação de cesta básica. “Pois vem chegando em nossos gabinete vários pedidos e entendemos que talvez no momento seria uma boa forma de ajudar. Já dou boa parte do meu salário e não fico divulgando, porém tem gente que quer fazer politicagem com tema. Sempre falo quer ajudar, ajude. Não precisa de medida é só fazer”.
Já o vereador Vinicius Siqueira (DEM) diz que apresentou projetos de leis para antecipar a devolução, de forma proporcional, do duodécimo e de parte das remunerações dos parlamentares, mas não detalhou quais ações ele mesmo têm feito. “O que eu quero com o projeto é deixar o mesquinho desconfortável para que ele doe também”.
Líder do prefeito na Câmara, o vereador Chiquinho Telles (PSD) também citou a criação do fundo para o município receber verbas de combate à doença. “Mas eu particularmente tenho atendido diversas famílias com alimentos e outros atendimentos, como sempre fiz. Não podemos ficar usando essas ações para se promover em cima de uma situação tão triste”.
Com gabinete comunitário nas Moreninhas, o vereador afirmou que atende 50 pessoas por dia. “Sempre gasto mais da metade do meu salário em atendimento. Mas nesse momento temos que fazer um pouco mais, se preciso for, vamos doar sim parte do salário”.
Dharleng Campos (MDB) disse que intensificou auxílio que já fazia antes da pandemia, ‘apenas não faço e sou contra fazer publicidade com um assunto muito delicado que pode expor imagens de pessoas’.
Também falou sobre propostas de sua autoria sobre isenção de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), entre outras, para diminuir o saldo de contas que os contribuinte arca. “Tudo que posso fazer enquanto pessoa física e vereadora estou fazendo”.
Valdir Gomes e Enfermeiro Fritz, ambos do PSD, afirmaram que ajudam rotineiramente pessoas. “Não tenho problema algum de doar”, disse Valdir. O colega de bancada completa: “pontualmente, a medida que as demandas chegam, damos o socorro necessário, dentro da legalidade”.
André Salineiro concorda que eventuais doações não podem ser exploradas ‘midiaticamente, até porque estamos em ano eleitoral’. De todo modo, afirma, vereadores podem doar salários ‘a qualquer tempo’.
“Acredito que nós, enquanto vereadores, temos que ajudar o Executivo a viabilizar dotações e também cumprir a função de fiscalizar a movimentação desse Fundo. Agora, é momento de cada um fazer o que pode para somar forças no enfrentamento dessa pandemia. Repito: sem se aproveitar disso politicamente”.
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