O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou em entrevista na noite desta segunda-feira (05) que continua à frente do . Segundo Mandetta, após uma tensa reunião do presidente Jair Bolsonaro como todos os ministros, nesta segunda, o “governo se reposiciona para ter mais união”. A entrevista de Mandetta ocorre após a coletiva do Ministério da Saúde sobre a pandemia do coronavírus, que aconteceu sem sua presença.

Sem citar o presidente Bolsonaro, Mandetta pediu “paz” para trabalhar e disse que não construtivas “não dá”. Reiterou que o que pauta a luta contra o inimigo, que é a , é a ciência. Manteve a determinação de que o distanciamento social é essencial, “aglomeração não dá”.

Nas horas que antecederam a reunião ministerial, Bolsonaro foi aconselhado por militares de que a demissão de Mandetta não era recomendável. Além disso, o presidente do Congresso chegou a dizer que não aceitaria a saída do ministro. Na entrevista concedida no ministério da Saúde,  a presença de parlamentares da frente parlamentar da Saúde reforçaram o apoio a Mandetta. Entre os ministros que reforçaram coro para que Mandetta não deixasse o cargo estão o Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, do Governo

Neste domingo (05), Bolsonaro chegou a dizer que iria usar a caneta contra membros do governo ‘que estão se achando'. Porém, nesta segunda, Bolsonaro foi convencido por aliados da ala militar a não tirá-lo do cargo.

Servidores do Ministério da Saúde chegaram a preparar recepção para Mandetta, em uma até então, provável demissão. Alguns servidores, que fazem parte de cúpula indicada pelo ministro, arrumaram seus pertences e desocuparam mesas, em caso da saída de Mandetta.