Em reunião com presidentes de parlamentos da América Latina na sexta-feira (3), o senador Nelsinho Trad (PSD) cobrou a reativação do Parlamento Amazônico – grupo de discussão envolvendo oito países com o intuito de garantir o desenvolvimento sustentável do território. O processo de retomada do grupo estava adiantado no início do ano, mas acabou interrompido pela pandemia do coronavírus.

“É importante discutir de forma clara e transparente e mostrar para o mundo a realidade do que está acontecendo na . Me incomoda muito essa percepção dos países europeus, sem consultar os países da região, de que os brasileiros não preservam o território amazônico. Meu trabalho pela reativação do Parlamento Amazônico estava em andamento, mas tivemos que cancelar as reuniões por conta da pandemia. É um tema de extrema importância e precisamos retomar os debates e ações”, explicou o senador.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal, ele representou o Congresso Nacional na reunião organizada pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó. A conversa entre os líderes deu-se por meio de videoconferência.

Além da questão amazônica, o senador de MS defendeu a realização de eleições livres e o pleno retorno à democracia na Venezuela. “Como membros do Grupo de Lima, composto pelos governos da Bolívia, do Brasil, do Canadá, do Chile, da , da , da Guatemala, de Honduras, do Panamá, do Peru e da Venezuela, reiterei o apoio do Congresso Brasileiro aos esforços realizados sob a liderança de Juan Guaidó para buscar uma solução pacífica, conduzida pelos próprios venezuelanos, para restaurar a democracia e a ordem constitucional a Venezuela”, finalizou.

Da conversa, participaram representantes dos Congressos do Paraguai, Equador, Colômbia, Guatemala, Chile, , Colômbia, além de presidentes do Parlasul, União Interparlamentar e do Grupo Latino-americano de União Interparlamentar.

Parlamento Amazônico

Criado em 1989, o Parlamento Amazônico envolvia Brasil, Bolívia, Colombia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, mas está desativado há cerca de cinco anos. No final do ano passado, Nelsinho foi convocado por embaixadores dos países que têm a Floresta Amazônica em seu território num encontro sobre o tema. “Precisamos ter esse grupo para garantir a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável do bioma amazônico. Os problemas de lá são parecidos com o do meu Estado, que tem o Pantanal, e enfrenta o desmatamento, as queimadas”, defendeu o senador.