Na discussão sobre o risco de a pandemia do novo coronavírus COVID-19 gerar colapso no sistema de saúde e as consequências financeiras do fechamento para os comerciantes, vereadores de Campo Grande aprovam as medidas de retomada gradual para abertura dos estabelecimentos da cidade. Plano construído pela prefeitura começará a vigorar na próxima terça-feira (7), quando termina o decreto de suspensão das atividades do comércio, trazendo novas regras de funcionamento para os estabelecimentos.

Para Otávio Trad (PSD), como muitos não têm obedecido ao isolamento – que ele julga ser a ‘única arma que a humanidade tem contra o vírus’ – “é melhor então que se faça um planejamento de reabertura, do que as pessoas reabrirem os locais de maneira unilateral, conflitando essa regra de isolamento”. Mesmo defendendo a medida como prioridade, ele defendeu que as normas restritivas poderão ser revistas semanalmente.

Posicionamento semelhante tem o vereador Eduardo Romero (Rede), segundo o qual o número de casos deverá ser parâmetro para as próximas semanas. “Ao mesmo tempo que está liberando também pode restringir. Tudo depende dos dados da secretaria de saúde e das autoridades de saúde”, adiantou. A postura reflete a maior parte das opiniões na Câmara, pela defesa de que continuem sendo seguidos critérios científicos na tomada de decisões.

“A preocupação com o Coronavírus (Covid 19) é de todos nós e Campo Grande tem respeitado e seguindo as orientações do ministro Luiz Henrique Mandetta, Ministério da Saúde e autoridades da área”, observou William Maksoud (PMN).

Defendendo que a cidade não pode parar, o vereador ressaltou a necessidade dos comerciantes seguirem as novas regras e restrições durante a retomada de atividades. “Os restaurantes podem abrir mas com capacidade muito reduzida, só para citar uma restrição. Ou seja, o prefeito vem trabalhando para atender da melhor forma possível o cidadão, protegendo a saúde de todos e possibilitando aquilo que for seguro”, comentou.

Ainda segundo Romero, os próximos passos dependerão também da colaboração da sociedade. “Como as pessoas estão entendendo que não temos muito mais casos devido aos isolamento e higienização, o sobre o cuidar-se e cuidar dos outros…Sobre a economia, ela move, mas ela precisa de clientes vivos pra se manter”, observou.