Deputados estaduais repudiam ministro da Educação por comparar investigação da PF ao nazismo
Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul repudiaram nesta quinta-feira (28) a publicação no Twitter do ministro da Educação, Abraham Weintraub que comparou a ação do STF (Supremo Tribunal Federal) no inquérito das fake news, à perseguição dos judeus pela Alemanha nazista. Eduardo Rocha (MDB) se manifestou dizendo estar indignado com o ministro da Educação […]
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Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul repudiaram nesta quinta-feira (28) a publicação no Twitter do ministro da Educação, Abraham Weintraub que comparou a ação do STF (Supremo Tribunal Federal) no inquérito das fake news, à perseguição dos judeus pela Alemanha nazista.
Eduardo Rocha (MDB) se manifestou dizendo estar indignado com o ministro da Educação e que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), deveria demiti-lo. “Acho que se o Bolsonaro é sério do jeito que ele fala, deveria demitir o ministro que chamou o STF de vagabundos”.
Segundo o deputado, a Polícia Federal fez duas operações, uma que atingiu o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e outra contra fake news. “Mas a da fake news o povo do Bolsonaro não gostou e o ministro vem comparar a operação como ato nazista. Gostaria de parabenizar Bolsonaro de sancionar a ajuda aos estados e municípios, mas tem que demitir o ministro que não serve para nada. Essa é minha opinião”.
Cabo Almi (PT) concordou com Rocha. “Na época do PT na presidência, as instituições não mediam forças para atuar. Agora se percebe novo momento da política e até hoje ninguém conseguiu explicar onde está o Queiroz”.
O parlamentar disse sentir vergonha do tipo de comentário do ministro da Educação. “As barbaridades feitas por esse governo são uma vergonha, parece que estão se acovardando”.
Aberração
Líder do governo na Casa de Leis, Gerson Claro (PP) afirmou ser uma aberração o inquérito do STF de ontem (27). “O próprio ministro conduziu inquérito que ele investiga e vai julgar, acho estranho, mas, questionar a operação e dizer que o fake news é impedir a liberdade de expressão, precisamos distensionar”.
Claro falou ainda sobre o momento em que o país atravessa de pandemia do coronavírus e crise econômica. “Acabamos ficando presos em fake news. A investigação deve continuar, eu questiono algumas coisas, lamento a forma como algumas pessoas discutem, jogar para nazimo e facismo, isso eu repudio, a manifestação do ministro da Educação”.
Coronel David (sem partido) falou que o mesmo ministro do STF que se manifesta dentro do processo investigado, já teve opinião contrária em outra oportunidade. “Quando aperta o calo dele, Alexandre de Moraes diz outra coisa. Nós precisamos nos atentar quanto algumas situações que para A pode valer e para B não vale, temos que nos posicionar de forma técnica”.
Zé Teixeira (DEM) avaliou a publicação de Weintraub e comparou com a opinião popular. “Um ministro jamais poderia ter dito o que falou, mas o que julga a opinião pública brasileira são as pesquisas feitas pelos institutos. O Brasil está uma desordem, acho lamentável o que o ministro disse, mas é o que a sociedade fala, quando coloca pesquisa de opinião, é isso, que o judiciário deixa a desejar”.
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