CPI da Energisa: consumidor detalha denúncia de conta ‘superfaturada’ 

Consumidor de Campo Grande foi ouvido nesta terça-feira (10) durante reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa, aberta pela ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para apurar denúncias nas contas de energia elétrica por todo o Estado. Em detalhes, o médico Márcio Molinari explicou que após sua fatura aumentar significativamente sem […]

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Consumidor de Campo Grande foi ouvido nesta terça-feira (10) durante reunião da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Energisa, aberta pela ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) para apurar denúncias nas contas de energia elétrica por todo o Estado.

Em detalhes, o médico Márcio Molinari explicou que após sua fatura aumentar significativamente sem que houvesse alteração no consumo, ele checou a contratar eletricista para verificar se havia perda de energia da rede, o que não ocorria. Ele também relatou ter procurado a concessionária por várias vezes, mas sem obter retorno.

“Após a mudança de padrão, do habitual para o relógio, foi colocado um display [aparelho para medir corrente elétrica] pela Energisa”, relembrou o médico, que é o segundo depoente a ser ouvido pelos trabalhos da CPI. O primeiro foi um tecnólogo em eletrotécnica industrial, autor do parecer que embasou o fato determinado para abertura da investigação.

No caso de Molinari, como não viu avanço em suas reclamações, o consumidor decidiu contratar medição paralela. Como resultado, viu o consumo no equipamento particular marcar uso de 22 kWh (Quilowatts-horas) em uma semana, enquanto o da concessionária registrava 154 kWh. “É, então, um gasto que acredito que não seja meu, que foi superdimensionado”, avaliou.

Presentes na reunião, representantes da Energisa questionaram o aparelho particular e solicitaram que ele fosse disponibilizado, com portaria do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) que o valide.

“Tem que ficar claro que estamos aqui fazendo oitiva das testemunhas. A medição feita pelo aparelho é um indício, que pode ser validada. A CPI é exatamente para isso: para verificar os indícios, para investigar. Se já tivéssemos certeza, não seria necessária a investigação”, argumentou o deputado estadual Barbosinha (DEM), sobre a necessidade de ouvir as denúncias durante o processo.

Relator da CPI, o deputado estadual Capitão Contar (PSL) afirmou ter recebido do Procon-MS (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) denúncias feitas por consumidores com queixas semelhantes às de Molinari. O superintendente do Procon no Estado, Marcelo Salomão, acompanhou a reunião, junto com a diretora técnica do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), Luciana Boni Cogo. 

Em nota, a Energisa informa que entregou um relatório da unidade consumidora citada na reunião da CPI para análise da comissão. “Mais um caso sem valor técnico e legal”, apontou a concessionária.

Sorteio

Pelo calendário da CPI, na próxima segunda-feira (16) será feito sorteio de 300 relógios entre as 2,3 mil unidades consumidoras objetos de processo no Procon. Destes, serão escolhidos 200 que serão enviados para análise na USP (Universidade de São Paulo), a fim de obter segunda prova em relação ao seu funcionamento, além do selo do Inmetro já conferido aos equipamentos.

(matéria alterada às 9h29 do dia 11/03/2020 para acréscimo do posicionamento da concessionária)

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