Tereza Cristina diz que ‘processos ideológicos’ impediam liberação de agrotóxicos
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina (DEM) participou de audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22) e garantiu que a liberação de 31 novos agrotóxicos é técnica e que nos governos anteriores, “processo ideológico” barrava a aprovação desses produtos. Tereza Cristina compareceu à reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, A…
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A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina (DEM) participou de audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22) e garantiu que a liberação de 31 novos agrotóxicos é técnica e que nos governos anteriores, “processo ideológico” barrava a aprovação desses produtos.
Tereza Cristina compareceu à reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara, em Brasília (DF). De acordo com dados da oposição, desde o início do ano o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) teria liberado 197 agrotóxicos no Brasil.
Em publicação no Diário Oficial da União de terça-feira (21) o Governo Federal registrou a liberação de 31 novos agrotóxicos, sendo que 29 deles são reproduções de princípios ativos já autorizados no Brasil. Três deles são do glifosato, herbicida mais utilizado no Brasil e no mundo.
“Nós precisamos acabar com essa conversa de que se aprova no Brasil coisas que não podem ser aprovadas. O processo entra pelo Ministério da Agricultura, passa pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Foram aprovados produtos que estavam na fila da Anvisa há muitos anos”, argumentou a ministra.
A ministra disse ainda que “existe uma grande campanha contra o glifosato” e que se ficar comprovado que o produto causa problema, ele não será mais usado no país. “Mas é preciso ter base científica, não é porque houve um caso em que uma pessoa ganhou uma condenação”, afirmou.
A Anvisa avalia que o glifosato não causa prejuízos à saúde – parecer semelhante ao da EPA (agência de proteção ambiental americana) e da Comissão Europeia. Porém, em 2015, a Iarc (Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer), parte da Organização Mundial de Saúde, concluiu que o glifosato era “provavelmente cancerígeno”.
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