Logo após o novo titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende (PSDB), anunciar mudanças na direção do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), o próprio governador Reinaldo Azambuja (PSDB) não confirmou que a saída do diretor-presidente se deu em virtude da ação que investiga supostos desvios na unidade.

“Não necessariamente, não fazemos pré-julgamentos em relação a ninguém. A saída já era ideia do próprio Justiniano. Ele tinha inicialmente pensado em ficar dois anos, acabou ficando quatro (anos)”, afirmou Reinaldo sobre o atual diretor do Hospital, Justiniano Vavas.

O Hospital foi alvo de uma Operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no último dia de 30 de novembro, que apura desvios de R$ 3 milhões nos últimos anos, com supostas fraudes em licitações de equipamentos médicos.

“Ele (Justiniano) está se defendendo, não é só ele, vários outros também estão sendo acusados”, destacou o governador.

Azambuja ainda frisou que o Geraldo Resende, que abriu mão do mandato de deputado federal para comandar a SES, terá ‘autonomia’ para compor a nova equipe de direção do HRMS.

Apesar do anúncio de Geraldo de que o corpo clínico do hospital participou da indicação da nova diretoria, o governo ainda não publicou a nomeação destes nomes, tampouco a exoneração de Vavas.