O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), voltou a criticar falta de repasses da União para a cidade. Em edição extra do Diário Oficial da União na segunda-feira (dia 8), o governo federal publicou em 34 portarias o desembolso de R$ 920,3 milhões para complementar gastos de prefeitos com saúde. Não foi destinado nenhum centavo aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

“É o que eu tenho dito, nós estamos enfrentando escassez de recursos, tanto da União, quanto do Estado. Nós vamos acionar os senadores e deputados federais, saber qual a razão para uma capital que vai atingir quase 1 milhão de habitantes, dos 5,570 mil municípios e vai ser a décima oitava cidade do Pais a atingir 1 milhão, fica fora de recursos que nós enviamos ao governo federal”.

O dinheiro desembolsado pela União é oriundo do recolhimento de impostos nas cidades, lembra Maquinhos. “O que engorda o cofre é isso. Eles estão pegando o dinheiro e distribuindo para São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, e não estão desenvolvendo para nossa cidade.

O chefe do Executivo municipal falou, ainda, que a bancada de senadores de MS é igual em número no restante do País. Portanto, “eles têm de ser tão eficientes quanto aqueles que estão em outros Estados”, que conseguem recursos para o local de origem.

Na terça-feira (dia 9), a reportagem do Jornal Midiamax questionou o Ministério da Saúde, comandado pelo sul-mato-grossense Luiz Henrique Mandetta (DEM), sobre previsão de envio de recursos para o Estado. Porém, não houve resposta até a publicação desta matéria.

Emendas parlamentares consistem em recursos previstos no Orçamento da União com aplicação indicada por deputados e senadores e aplicação nos níveis estadual e municipal. Após o empenho, o valor da emenda fica registrado em “contas a pagar”, e o Executivo é obrigado a efetuar o repasse.