Ministro sugere regras diferenciadas para militares na Previdência

Na cerimônia de transmissão de cargo do Comando da Marinha nesta quarta-feira (9), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ressaltou que a reforma da Previdência deve avaliar regras diferenciadas para militares. A solenidade, no Clube Naval de Brasília, contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que chegou ao local a bordo […]

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Ministro sugere regras diferenciadas para militares na Previdência
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. (Foto: José Cruz/Arquivo/Agência Brasil)

Na cerimônia de transmissão de cargo do Comando da Marinha nesta quarta-feira (9), o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ressaltou que a reforma da Previdência deve avaliar regras diferenciadas para militares. A solenidade, no Clube Naval de Brasília, contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que chegou ao local a bordo da lancha Amazônia. Seguindo o protocolo, o presidente não discursou.

Azevedo mencionou a reforma da Previdência ao se despedir do ex-comandante, o almirante de esquadra Eduardo Bacellar Ferreira, que passou o comando para o também almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior.

“[Ferreira] foi incansável no esforço de comunicar as peculiaridades da nossa função”, disse Azevedo e Silva. Segundo o ministro, o esforço garantiu avançar para um adequado amparo social aos militares das Forças Armadas e seus dependentes.

O ministro da Defesa destacou também a trajetória do militar, lembrando os 48 anos “de extrema dedicação e serviços prestados”.

Desde a posse, Bolsonaro cumpriu pelo menos quatro agendas militares, entre almoços e solenidades. Na sexta-feira (11), ele participa da transmissão de comando do Exército. Ao longo de sua campanha, Bolsonaro se comprometeu, em diversas declarações, a prestigiar e dar visibilidade às atividades das Forças Armadas.

Soberania

Depois da salva de 19 tiros, o almirante Ilques Barbosa Junior ressaltou que a dinâmica das relações internacionais estabeleceu um “tempo de guerra e paz” que exige a união de esforços de todas as Forças Armadas e da sociedade.

“Em tempos de guerra e paz, é imperiosa uma rigorosa prontidão dos sistemas de defesa que envolvem tanto as Forças Armadas como os demais segmentos da sociedade brasileira de modo a ser alcançado o contínuo fortalecimento de todas as vertentes da soberania nacional”, disse.

O almirante lembrou que a Marinha é força fundamental na defesa das riquezas do país e lembrou a diversidade da Amazônia Azul, os espaços oceânicos de onde são retirados 85% do petróleo e 75% do gás natural e por onde é transmitida praticamente toda a comunicação do país por cabos submarinos.

“Devemos estar sempre pontos a atuar em defesa dos interesses da nossa pátria nos espaços pantaneiros, amazônicos”, disse o almirante, informando que entre suas prioridades estão programas estratégicos como o desenvolvimento de submarinos e a construção do núcleo de navios-patrulha.

Trajetória

O almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior, de 64 anos, nasceu em Ribeirão Preto (SP) e tem quase cinco décadas de serviço militar. Ingressou na Escola Naval em 1973, chegou ao posto de contra-almirante em março de 2007 e alcançou o de almirante de esquadra em novembro de 2014.

O último cargo ocupado pelo almirante foi o de chefe do Estado-Maior da Armada, órgão de Direção-Geral da Marinha para assessoramento do comando da Força.

Despedida

No discurso de despedida, o almirante Ferreira disse que a “grandeza e a prosperidade” do Brasil, dependerão, cada vez mais, do bom uso que os brasileiros vierem a fazer do mar. Ele também afirmou que o país precisará manter cada vez mais a capacidade de defesa dos interesses marítimos.

“Este é o chamado Século Azul. Em todo o mundo, a participação da economia do mar cresce exponencialmente. Por suas condições geopolíticas únicas, o Brasil é um dos países com maior potencial de aproveitamento dessas novas circunstâncias”, disse Ferreira.

O almirante ressaltou o potencial do Brasil. “Estamos entre os maiores produtores mundiais de petróleo no mar, e as cargas movimentadas em nossos portos terminais correspondem, em volume, a quase 10% do total do comércio marítimo internacional. Torna-se necessário cada vez mais manter a capacidade de defesa dos nossos interesses marítimos que, com certeza, serão desafiados.”

 

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