G9 está de ‘portas abertas’, diz Márcio Fernandes após trapalhada de Claro
Depois do deputado Gerson Claro (PP), vice-líder do G10 (maior bloco da Assembleia Legislativa), ter tomado uma decisão monocrática sobre um projeto de lei de autoria do deputado Márcio Fernandes (MDB), em votação entre os líderes da Casa, o emedebista afirmou que convidou os parlamentares que ficaram insatisfeitos com a decisão para ingressar no G9, […]
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Depois do deputado Gerson Claro (PP), vice-líder do G10 (maior bloco da Assembleia Legislativa), ter tomado uma decisão monocrática sobre um projeto de lei de autoria do deputado Márcio Fernandes (MDB), em votação entre os líderes da Casa, o emedebista afirmou que convidou os parlamentares que ficaram insatisfeitos com a decisão para ingressar no G9, segundo maior grupo da Assembleia.
“Infelizmente o líder do G10, sem consultar os seus integrantes, foi lá e disse que não teria acordo. Há uma insatisfação enorme dentro do G10, nem sei se vai continuar G10. E eu já deixei as portas abertas do G9 para que eles possam vir para cá”, declarou o deputado, que garantiu já ter convidado todos os deputados que se mostraram descontentes.
Gerson foi consultado sobre a decisão do bloco porque o líder do grupo, deputado Londres Machado (PSD), não participou da sessão desta quinta-feira (2).
Ainda conforme Fernandes, dos sete deputados que compõe o grupo e participou da sessão de hoje, seis eram favoráveis a um acordo entre as lideranças para a aprovação do projeto. São eles: João Henrique (PR), Renan Contar (PSL), Coronel David (PSL), Antônio Vaz (PRB), Neno Razuk (PTB) e Lucas Lima (SD).
Para os parlamentares presentes na sessão, a atitude de claro foi “autoritária”. “O grupo foi criado para tomar decisões coletivas, e o que a gente estava questionando é que o Gerson impôs ali a decisão exclusiva dele. Não existe grupo de decisão isolada, autoritária e sem educação”, disse de deputado João Henrique.
Já o deputado Neno Razuk pediu que uma reunião fosse feita com a presença do presidente do bloco, deputado Londres Machado. “Ainda faço parte do grupo, quero uma reunião, se eu não tiver voz eu saio. Nada contra o nosso líder, que é um cara democrático”.
Os deputados ainda afirmaram que o colega Evander Vendramini (PP) já teria deixado o G10 que, assim, teria se tornado G9. Entretanto, em conversa na noite desta quinta-feira o parlamentar negou a saída, mas afirmou que concorda com Neno e João Henrique sobre a cobrança de democracia.
“Minha cobrança sempre foi nesse sentido. Toda votação tem que consultar o grupo, sempre votar de acordo com a maioria”, disse. Segundo o deputado, já está marcada para terça-feira uma reunião com o grupo para “aparar as arestas”.
Vendramini garantiu que não tem intenção em sair do bloco e afirmou que essa conversa na semana que vem será o suficiente para “fazer esse entendimento”. “Foi uma coisa esporádica que tem que ser resolvida dentro do bloco”.
Projeto irá a votação terça-feira
Apesar de não ter sido aprovado com consenso dos líderes do bloco, o deputado Márcio Fernandes afirmou que o projeto, que obriga o Governo do Estado a destinar valor igual ou superior a 0,25% da receita do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para o esporte amador, deverá ser votado na terça-feira (7).
“Vamos trabalhar na terça-feira para que a gente possa ganhar no plenário, porque na terça não há desculpa nenhuma, não há acordo de liderança nem nada, só votar. Eu acredito que a grande maioria dali vai ser favorável”, afirmou o parlamentar.
O projeto foi proposto por Fernandes em 2016, mas não foi aprovado. Ele voltou a ser discutido agora, de acordo com o deputado, porque ele entrou em um outro mandato, o que o permite a apresenta-lo novamente.
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