Dias após rebater falas de deputados estaduais sobre a necessidade de abertura da CPI dos Ônibus na Câmara Municipal da Capital, o vereador e líder do prefeito na Casa, Chiquinho Telles (PSD), viu um requerimento de informações da Energisa, ser aprovado pelos colegas vereadores. Apesar disso, ele nega que houve “chumbo trocado”.

Chiquinho foi o autor do requerimento que tem como alvo uma concessionária de âmbito estadual, assim como é a atuação dos parlamentares da Assembleia Legislativa. Os deputados que comentaram sobre uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em Campo Grande foram João Henrique Catan (PL), Lucas de Lima (SD) e Pedro Kemp (PT).

“Isso tava engasgado”, disse Telles sobre as insatisfações criadas a partir do mal serviço que seria prestado e o teria motivado a fazer o requerimento. “Já que eles podem falar, vamos fazer também. Somente isso, mas não é um chumbo trocado”.

Além disso, Chiquinho voltar a disparar contra alguns membros da Assembleia que teriam muita coisa em nível estadual fazerem ao invés de ficarem preocupados com a Câmara de Campo Grande e assuntos do município.

Mas e a CPI?

O vereador voltou a defender a não abertura de CPI para investigar o consórcio Guaicurus, frisando que já há uma investigação em curso no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). “Câmara deve gastar muito dinheiro para criar uma comissão e investigar uma que já está sendo investigada”, defende.

Ele também explica que o relatório da CPI, ao seu final, também seria enviada justamente para o MPMS. “Isso não quer dizer que não podemos cobrar a empresa de fazer a parte dela. Eu nunca vi uma CPI aqui dar em nada, nunca vi”.

Quanto a formulação de requerimento semelhante para a empresa que presta o serviço de transporte coletivo urbano em Campo Grande, Chiquinho frisou que isso já foi feito recentemente, resultando em audiência pública.

Ao final da entrevista, Chiquinho ainda brincou com a possibilidade de revanchismo levantada pela reportagem. “Acredito que os deputados não vão entender que seja isso. Dizem que chumbo trocado não dói, mas eu não fiz isso não”, conclui.