O médico Marcelo Vilela deixou a pouco o comando a (Secretaria Municipal de Saúde Pública) de . A informação foi confirmada ao Midiamax pelo então secretário, que preferiu não dar detalhes de sua saída. Ele afirma, no entanto, que a decisão foi dele, afastando rumores de demissão pelo prefeito (PSD).

Já esperada, a exoneração de Vilela deve ser publicada em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) ainda nesta sexta-feira (29). Marcelo não confirmou nome de seu substituto, mas a informação nos bastidores é que ele seria substituído pelo ortopedista José Mauro Filho.

Outro nome ventilado para substituir Vilela seria do ex-coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Mauro Luiz de Britto Ribeiro. No lugar da adjunta Andressa de Lucca Bento, deve assumir João Carlos Barbosa.

No final de fevereiro, em meio a impasse por problemas no atendimento de Unidades de Saúde da Capital, Vilela garantiu “lutar até o último segundo para provar que a secretaria faz sim seu trabalho com bastante responsabilidade”.

Ele vinha dizendo que respeitaria a autonomia de Marquinhos para sua exoneração, mas seguiria trabalhando enquanto não fosse publicada em Diário Oficial. Nas redes sociais, Vilela anunciou sua saída de forma tímida. “Valeu Sesau CG!! Fiz amigos, aprendi muito, e Deus é dono do tempo… Obrigado”, escreveu.

Prefeito exigiu melhora no atendimento

De acordo com Trad, após vistorias feitas por ele em UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) de Campo Grande, onde encontrou algumas situações que lhe desagradaram, ele sentou para conversar com o secretário, e cobrou mais fiscalização por parte de Vilela.

Após impasse, Marcelo Vilela deixa comando da Sesau
Após batida em Upas, Marquinhos começou a demonstrar insatisfação com a pasta (Foto: Minamar Junior)

“Eu tenho pedido aos meus secretários que saiam de seus gabinetes e vão viver a realidade do cidadão no dia a dia, como eu faço. E o secretário é muito técnico”, relatou Marquinhos, deixando claro que caso não houvesse uma mudança na postura por parte do secretário, não haveria outro jeito a não ser a demissão.

“Não tem que chegar em acordo, ou ele cumpre agora aquilo que foi determinado, que é cuidar do ser humano, tratar do ser humano, como eu cuido, como eu sempre fui próximo às pessoas”.

“Conheço todas as unidades, tenho um relatório de todas as deficiências, mas preciso de recursos para reformar as unidades e não tem. Essa falta de recursos é reflexo da administração passada”, afirmou Vilela em fevereiro. Na ocasião, ele admitiu a demora no atendimento, principal reclamação dos usuários, mas disse que a situação também ocorre em unidades particulares.

Conforme o secretário, no início da administração havia 35 obras paradas em unidades de saúde e 13 delas foram retomadas com recursos do Ministério da Saúde, mas enquanto essas não forem concluídas não é possível que haja a liberação de mais verbas.