O vereador Paulinho Pucheta (PR), de Caracol, teve seu mandato cassado pela Câmara do município por quebra de decoro parlamentar. O vereador é acusado de forjar o furto de seu próprio carro, numa tentativa de estelionato.
Segundo uma ação na Justiça contra o parlamentar, Paulinho Pucheta teria comparecido à Delegacia de Polícia de Jardim, em outubro de 2015, para comunicar que foi vítima de roubo de veículo.
Depois de diligências, a Polícia Civil de Jardim, concluiu que não houve roubo algum, e que o boletim de ocorrência foi forjado para que o parlamentar pudesse receber do seguro. O veículo foi encontrado um mês depois, em Bela Vista.
Diante de denúncia encaminhada por um morador do município de Caracol contra o vereador, a Câmara Municipal decidiu por abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o caso.
Durante o curso das investigações, o vereador Paulinho Pucheta prestou depoimento e alegou, entre outras coisas, que não houve tentativa de estelionato, uma vez que não acionou a seguradora após ter registrado o suposto furto.
Entretanto, as alegações não foram acolhidas. Para a CPI, os documentos da denúncia apontam que o vereador “mentiu, ludibriou e inventou os fatos, de modo que, houve o recebimento da denúncia pelo juízo da Comarca de Jardim”.
A comissão sustenta ainda que Paulinho Pucheta é réu em processo em trâmite na comarca de Jardim. “Não se pode permitir, na atual quadra da história brasileira, um vereador réu”, diz a decisão da Comissão de Inquérito, assinada no início de junho.
Um decreto do último dia 19 de junho, assinado pelo presidente da Câmara de Caracol, Douglas Lopes Vilalba, determinou a perda e cassação do mandato de Paulinho. Seis vereadores votaram a favor da cassação, e três contra.
