TSE garante segurança das urnas, mas sistema desperta desconfiança mesmo depois de 12 eleições

A urna eletrônica chega à sua 12ª eleição no Brasil e ainda desperta desconfiança de eleitores e candidatos. A ferramenta surgiu como uma forma de garantir a agilidade na apuração e segurança no sistema eleitoral, mas 22 anos depois de ser implementada, a aprovação das urnas eletrônicas não é unânime entre os brasileiros. O TSE […]

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A urna eletrônica chega à sua 12ª eleição no Brasil e ainda desperta desconfiança de eleitores e candidatos. A ferramenta surgiu como uma forma de garantir a agilidade na apuração e segurança no sistema eleitoral, mas 22 anos depois de ser implementada, a aprovação das urnas eletrônicas não é unânime entre os brasileiros.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) garante que o sistema é protegido contra ataques e tentativas de corrupção, já que em 22 anos, nunca foi identificada nenhuma fraude. Entre as medidas de defesa adotadas, estão o uso da biometria, uma votação paralela que testa urnas aleatórias, criptografia, testes públicos de segurança e a ausência de conexão com a internet.

Em vídeo divulgado em setembro, o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) questionou a segurança das urnas. Ele sugeriu a existência de programas que podem fraudar as urnas eletrônicas e que podem inserir “uma média de 40 votos para o PT” em sessões de votação em todo o Brasil. Dias depois, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, disse que as urnas eletrônicas usadas nas eleições são confiáveis e que não tem “sentido” questionar a segurança dos equipamentos.

O secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Janino, informou à Folha de São Paulo que a urna está em evolução constante para garantir a segurança do pleito. “Seria muito fácil [hoje] atacar a urna de 1996. Nosso desafio é estar sempre na frente”, disse.

Desde 2009, o TSE promove os TPS (Testes Públicos de Segurança), quando equipes de profissionais de segurança da informação tentam encontrar defeitos de defesa nas urnas. Em 2012, conseguiram desembaralhar os votos armazenados no sistema e, com isso, descobrir quem votou em quem.

Já em 2017, um professor da universidade de Aarhus, da Dinamarca, liderou equipe com quatro especialistas e conseguiu encontrar uma brecha para instalar um sistema falso na urna eletrônica. Com isso, seria possível quebrar o sigilo do voto, interferir no armazenamento e alterar as mensagens exibidas para o eleitor. O TSE garantiu que as falhas identificadas já foram corrigidas.

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